sexta-feira, 1 de junho de 2012

NOTÍCIAS DA PIOLHEIRA


Almerindo Marques e Paulo Campos investigados no DCIAP

O relatório do Tribunal de Contas (TC) que evidencia os acordos paralelos entre a Estradas de Portugal e as concessionárias privadas que envolviam “compensações contingentes” para fugir aos contratos aprovados será enviado pelo procurador-geral da República ao Departamento Central de Investigação Criminal e Acção Penal (DCIAP). Esta decisão vai levar à investigação de Paulo Campos, ex-secretário de Estado adjunto das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, e Almerindo Marques, então presidente da Estradas de Portugal.
Em 2009, ao ver chumbadas pelo TC algumas das concessões público-privadas, o anterior governo apresentou projectos “reformados” onde as concessionárias teriam baixado o valor das propostas. De acordo com o relatório agora divulgado, o TC apurou que houve acordos paralelos que compensaram as concessionárias e os bancos financiadores. Estes contratos terão prejudicado o Estado em 705 milhões de euros. O TC refere também que o modelo de gestão rodoviária e a contratação de mais oito concessões pelo governo Sócrates fizeram com que a dívida da EP ficasse descontrolada. Era de 50 milhões em 2005 e poderá atingir os 20 mil milhões em 2034.
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