segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O MEDO

Confesso que não me assustam os neo-nazis que escolheram as claques dos grandes clubes (Sporting, Benfica, Porto e outros...) e que aproveitam os jogos de futebol para exibições asininas de bandeiras e tatuagens de cruzes gamadas. Coitados, pensam com os pés e urram aos coices...
Também não me metem medo aqueles trinta rapazes que sempre aparecem nas manifestações nacionaleiras do 1º de Dezembro e do "Dia da Raça" com discursos contra os imigrantes e exibindo, igualmente, as famigeradas cruzes na pele e em bandeiras. Coitados, os neurónios afogaram-se com o "Império"...
Para mim, o que se revela assustador é um certo discurso feito por gente da "área do poder" que se vai apoderando, subrepticiamente, do espaço público: a suspensão da democracia por uns tempos, o conforto e a preguiça dos desempregados, a pieguice dos transplantados, a solução final para os que necessitam de hemodiálise e outras monstruosidades que, avulsamente, vão sendo largadas ao vento e amplificadas pelos meios de comunicação social.
Agora, vem o Feio do CDS avisar as tropas em parada que "Portugal tem que ser mais alemão do que os alemães". O sinistro Pierre Laval, figura grada do regime de Vichy,  não diria melhor...
Assustador. Medonho. Esta gente é perigosa. Vai sendo tempo de pensarmos em tribunais especiais para o seu julgamento, como fizeram os franceses depois da guerra. Conseguiremos?