quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A VÍRGULA

Há uns aninhos, lá pelos oitenta do século passado, a jornalista Helena Sanches Osório escrevia no 'Indepedente' que uma vírgula introduzida sub-repticiamente num decreto teria valido ao seu autor um 'prémio' de 100 mil contos.
Confesso que, ao tempo, não acreditei. Porém, com a degradação da vida política portuguesa a que tenho assistido, hoje, acredito nisso e em tudo o que, de muito pior, tem vindo a ser noticiado.
Talvez por isso e por deficiência na vista que as lunetas nem sempre corrigem, não detectei a vírgula na foto da primeira página do JN que referia as despesas 'ilegais' do trabalhador Amorim. E fiz contas a 31 milhões de euros quando eram bem 3,1 milhões de euros.
Aqui fica a rectificação com os pedidos de desculpas aos leitores, ao trabalhador Amorim e aos trabalhadores do fisco que detectaram a marosca.
E feito este reparo, mantenho tudo o mais que escrevi no 'post'. Afinal, mais vírgula, menos vírgula, a questão essencial mantém-se: a West Coast é um Inferno para muitos e um Paraíso para poucos.