segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O APELO DO PROFESSOR

Sousa, o Marcelo Rebello de, devidamente enquadrado por uma jornalista a sério, Maria Flor Pedroso, teve um programa de comentário político na RTP1.
Apanhado pelo tsunami socretino para controlo da comunicação social, mudou-se, com armas e outras bagagens para a TVI (de onde, a seu tempo, tinha sido corrido por acção de um comissário santaneano e omissão de um aristocrata muito dado a pilotagens que vão dos carros potentes à edição, passando pelas estações televisivas e outros 'mercados') onde apresenta um programa magazinesco, aos domingos, perante o olhar venerando e obrigado do escritor preferido das gentes da Foz e do bairro do Aleixo - Júlio Magalhães.
Ecléctico, o programa mistura a Grécia vista e comentada pelo treinador Santos, os feitos dos atletas portugueses nos campeonatos mundiais de matraquilhos, cachecóis de clubes de futebol, leitões da bairrada, acções caridosas de Misericórdias e paroquianos avulso e outros malabarismos diversos.
Ontem, o célebre comentador comunicou ao mundo que não fará greve no próximo dia 24. Não havia necessidade: o mundo sabe que o professor Marcelo só fará greves quando Cristo voltar à terra. É assim desde os tempos em que o aluno Marcelo furava as greves académicas de 1969 e, abraçado ao seu colega Braga de Macedo, entrava, protegido pela polícia de choque do capitão Maltez e por uns paisanos de mau aspecto vindos expressamente da António Maria Cardoso, na Faculdade de Direito para assistir às aulas e tratar da vidinha.
E temos assim que o anúncio não foi notícia nem foi comentário - foi um apelo. E não havia necessidade...