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DE OUTROS
«O congresso do PS não serviu para outra coisa senão como metáfora de um particular panteísmo de linguagem e de espectáculo. É sempre assim, em qualquer reunião daquela natureza, dir-se-á. Por isso mesmo é que produzem a indiferença. A veneração quando atinge as raias da sabujice tem um preço. Um preço reconcentrado e vasto que se exprime das formas mais diversas. Uma delas é tornar oblíquo o pensamento e liquidar as ideias críticas. Nem um projecto, nem o esboço de uma teoria, nem o sopro de uma referência ideológica, nem o mais escasso resquício de vergonha interior pelo passado, pelos actos e actividades dos governos PS. Somente uma pose, uma farsa desesperada de quem abandonou o compromisso e a esperança, e se remete para um signo que se oculta noutro signo. Ana Gomes, a única que não destilou banalidades e fugiu um pouco à dissimulação, foi colocada à meia-noite para falar. Vinte socialistas esparsos e ensonados estavam na sala.»Baptista-Bastos
DN