quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

UM IMENSO ADEUS

«Ainda meio dormido, às vésperas dos oitenta anos, estendo o braço, toco teu corpo, sinto teu calor, tua respiração. Amanhece, a luz do novo dia desponta ténue na barra da manhã, penso nos privilégios que detenho, mordomias. Teus olhos, teu sorriso, seus seios, o ventre, a bunda, a inteireza, a decência, a mansidão, o devotamento. A vida nasce de ti na madrugada.»