sábado, 20 de novembro de 2010

O PODER DROGA?

Não sei, sinceramente, não sei que estranho mecanismo leva a que pessoas sérias e, muitas vezes, com carreiras profissionais brilhantes aceitem um lugar num Governo liderado por um tal José Sócrates.
E também não sei que estranhos pós e vapores circulam nos corredores do poder que levam a que esses mesmos 'servidores da causa pública', logo após a tomada de posse, se prestem a fazer figuras ridículas que, em condições normais, os fariam corar de vergonha.
Poderia referir vários exemplos (o daquele patusco que está de ministro da Administração Interna, o de Augusto Ernesto, da Defesa, o da aventureira da Educação, etc., etc., etc.) mas fiquemos pelo ministro das Obras Públicas: é professor catedrático do ISEG, uma prestigiada escola (nada de comparações com os professores de universidades 'Independentes' e equiparadas), professor convidado de universidades estrangeiras, igualmente prestigiadas.
Pois bem, a que assistimos? Depois de tomar posse, o homem parece uma barata tonta: anuncia portagens em algumas SCUT(s), pressionado, altera para todas as SCUT(s), contestado, isenta alguns concelhos. Promete a entrada em vigor para Julho, depois Agosto e por aí fora até Novembro. Suspende o concurso do TGV Lisboa-Poceirão, anuncia o lançamento do concurso do TGV Lisboa-Poceirão; lança a terceira ponte sobre o Tejo, suspende a terceira ponte sobre o Tejo; compromete-se com o adiamento das obras do TGV no troço Poceirão-Caia, anuncia as obras no troço Poceirão-Caia; agora, lê um discurso, no encerramento de uma sessão de profissionais do sector, que o seu secretário de Estado já tinha lido no início dos trabalhos...
Por tudo isto ser triste, muito triste, e por não ser fado, pergunto: não haverá por aí um psiquiatra que recomende ao homem uma Casa de Repouso?