Segundo as crónicas das tertúlias bejenses da minha inesquecível juventude, em mil novecentos e lá vai fumaça, a charanga do Regimento de Infantaria 3 foi, durante um certo tempo, dirigida por um sargento-ajudante surdo que nem uma porta.
Certo dia foi a charanga convocada para a recepção ao general comandante da Região Militar de Évora, em visita à Unidade. Como seria de esperar, cada músico tocou para seu lado uma marcha militar. E o desconcerto foi tal que o general, senhor de um avantajado e sensível casal de orelhas, se viu obrigado a dizer ao sargento-maestro: "A sua charanga está uma grande merda!". O sargento, que continuava surdo que nem uma porta, respondeu cheio de orgulho: "E ainda não está à minha vontade, meu general".
Lembrei-me desta estória a propósito do autismo de um certo 'engenheiro da Independente'...