«Muito novo, muito novo mesmo, aprendi que temos de fazer o que é preciso fazer. A assunção deste princípio implica certos riscos, sobretudo se vivermos numa sociedade precaucionista. No campo actual das nossas experiências políticas, os perigos não são semelhantes aos que impendiam sobre nós no tempo da ditadura; mas constituem, ainda assim, gravíssimas ameaças. O chamado "poder democrático" dispõe de meios e de processos intimidatórios extremamente sofisticados para punir os recalcitrantes. A "dissidência" e as suas duras consequências não são exclusivo apanágio do comunismo. Esta lógica do castigo a quem prevarica espalhou-se por todos os partidos, sem excepção.»
Baptista-Bastos
(DN)