quarta-feira, 31 de março de 2010

O MELHOR DELA




A propósito de viagens para Paris, de quem as paga e de quem as devia pagar, escreve a deputada Inês Medeiros, em carta ao Presidente da Assembleia da República:«Uma vez eleita tive como única preocupação dar o meu melhor contributo para o sucesso do projecto em que me insiro, procurando estar à altura desse gesto de abertura que enobrece o Partido Socialista.»

Tenho acompanhado as audições na Comissão de Ética e tenho observado o "melhor contributo" da senhora deputada, que resumo: senta-se com cara de enjoada e descansa o queixo na concha da mão esquerda, ajeita os cabelos em monho, consulta uma maquineta (telemóvel? agenda electrónica?), desfaz o monho e atira os cabelos para trás das costas, faz um esgar de espanto pelo que está a ouvir, muda o queixo para a concha da mão direita, puxa o cabelo para a frente, faz novo esgar de espanto, diz um segredo a um colega careca e com cara de sargento da guarda, levanta-se e sai.

Regressa com cara de enjoada e as cenas repetem-se até ao fim da sessão.

Olhe, sra. deputada, se isto é o seu "melhor contributo", bem pode voltar para Paris e ficar por lá. Tenho a certeza que os portugueses não se importariam de lhe pagar esta sua última viagem.