sexta-feira, 16 de outubro de 2009

EM CADA UM DE NÓS



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Em cada um de nós, uma vida no fundo da algibeira
Em cada um de nós, uma tuberculose passageira
Mera transição horária no transe de «Hauptwache»
Dia de rostos incaracterísticos
E de prostitutas felizes no vermelho sensual dos Bares
Dia de neve revolta a circundar-me
Louca misteriosa e caprichosa
Dia em que afago os meus silêncios
A vaguear pelos becos onde morrem «clochards» monologando
Uma loucura vagabunda entre a garrafa e a vida
Dia de sinais luminosos e apitos
E greves, bombas, e suicídios
Dia afinal em que posso respirar
O poema de o ter vivido!
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IDALÉRIO VAZ FERRO