segunda-feira, 27 de julho de 2009

UM IMENSO ADEUS


«Porque Portugal entrou - segundo o discurso e a vontade do poder socialista que nos governa - num processo irreversível de modernização, convém lembrar os seus traços essenciais: o discurso que a promove é o discurso da via única; é o discurso anti-ideológico que pretende emanar da evidência do «real», das próprias coisas; é o discurso da transparência e do movimento permanente, transformando e fazendo desaparecer os graus intermédios entre o chefe (o poder) e os cidadãos; é o discurso da competência e da redução da subjectividade a perfis numéricos de competências. É o discurso que nega a diferença entre esquerda e direita, considerando-a obsoleta. O sujeito já não tem direito ao erro. A aprendizagem torna-se uma técnica a que a subjectividade se deve adaptar, sob pena de exclusão social automática.»