
O título já me tinha chamado a atenção. A capa, com o anúncio dos prémios (Strega 2006, Méditerranée 2008, Femina 2008) também me tentava. Mas, farto de enfiar barretes levado por críticas encomiásticas, badanas laudatórias, atribuições de cinco estrelas e outros comércios, condicionado (como quase todos) por exiguidades de tesouraria, lá fui resistindo à compra.
Até que.
Até que o meu preclaro amigo Casimiro Branco, cuja opinião tenho em muito bom conceito, me recomendou o livro com inusitado entusiasmo.
E cá estou eu, quase em fim de leitura - que propositadamente vou retardando para prolongar o imenso prazer - de um livro portentoso, escrito em prosa doce, viciante que, sub-repticiamente, nos mostra como é fácil virar o mundo de pernas para o ar.
Não gosto de ser conselheiro, mas, desta vez, arrisco: leiam.
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PM