«É necessário radiografar o crime organizado nas suas origens, causas, desenvolvimento, efeitos, mecanismos, meios e formas. Quer dizer, há que conhecer as forças que enfrentamos e com que meios, para poder curto-circuitar a energia que as alimenta. Não há qualquer dúvida de que o condutor desta missão é importante, mas mais essencial ainda é que exista o convencimento de que temos um grave problema e que devemos resolvê-lo sem ligar à soberba e ao egoísmo que se revela em qualquer congresso internacional sobre a matéria.
É essencial uma acção concertada, definitiva e institucional contra os sistemas financeiros, bancários e económicos que favorecem o desenvolvimento do crime organizado. Acabar com os paraísos fiscais deve ser condição básica para actuar. É básico potenciar ao máximo e proteger a independência do poder judicial. Resulta fundamental combater definitivamente a corrupção e não só com medidas legislativas formais.»
.