
Já expliquei o título, pelo que não vou repetir-me.
O livrinho foi editado em Portugal pela 'Terramar', em 2002.
Joseph Stiglitz, o autor, americano e prémio Nobel da economia avisava:
«Subjacente à ideologia do mercado livre há um modelo, muitas vezes, atribuído a Adam Smith, segundo o qual as forças do mercado -a motivação do lucro- orientam a economia para a eficiência como que guiadas por uma mão invisível. Uma das grandes conquistas da economia moderna foi demonstrar em que sentido e em que condições é que a conclusão de Smith está correcta. E a verdade é que essas condições são muito restritivas. Aliás, os avanços mais recentes da teoria económica -que curiosamente se registaram no período em que as políticas do Consenso de Washington foram aplicadas de forma mais implacável- demonstraram que, sempre que a informação é imperfeita e os mercados incompletos, ou seja, sempre e sobretudo nos países em vias de desenvolvimento, a mão invisível funciona mal. No fundo, há intervenções do Estado que são desejáveis e que, em princípio, podem melhorar a eficiência do mercado. Estas restrições às condições em que os mercados geram eficiência são importantes -muitas das actividades fundamentais do Estado podem entender-se como respostas aos erros do mercado.»
Ter-me lembrado de neoliberalismo em dia de finados foi pura coincidência.
PM