sábado, 1 de novembro de 2008

O PASCÁCIO

.
Há dias, apareceu-me na pantalha um pascácio de gravata e laca com fartura, identificado como Augusto Morais, Presidente da Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas.
Em português de moço de estrebaria e conjugando verbos como quem dá coices, disse a criatura que 'se o governo insistir no aumento do salário mínimo, a associação vai determinar junto dos associados que não renovem os contratos a termo'.
Diz-se por aí que está em causa um aumento de 5,6% e é verdade. Mas é igualmente verdade que estamos a falar de um aumento diário de 80 cêntimos!
Ora bem, os pequenos e médios 'empresários' que não suportam este brutal aumento dos custos com pessoal, só têm uma coisa a fazer: é fechar taipais e voltar para a santa terrinha para semear batatas e guardar gado.
E, já agora, aproveitem os tempos livres para aprenderem português. Deve haver cursos por telemóvel. Procurem na Net: escrevam 'universidade independente' e carreguem no 'enter'.

Nota final: estou a ser diplomata porque o que, verdadeiramente, me apetece é citar o Luiz Pacheco (ver 'post' «Um Imenso Adeus»).

PM