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A dra. Manuela Ferreira Leite já tinha avisado que «não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite». Devia ter acrescentado que, sendo poder, promoveria o guru Pacheco Pereira a coronel da censura (ou exame prévio).
Sugestão exagerada? Vejamos o que escreve a eminência parda do PSD, no último número da revista 'Sábado' (não compro, li na barbearia): «Em dois noticiários da RTP, às 13h e às 20h, do dia 23 de Novembro, a pretexto do atentado na Guiné contra Nino Vieira, o texto da redacção em fundo referia 'o PAIGC, partido fundado pelo pacifista Amílcar Cabral'. Este absurdo ou é uma manipulação política destinada a transformar um dos dirigentes da luta armada contra o colonialismo português num benevolente 'pacifista', certamente em contraste com Agostinho Neto e Samora Machel (ou será que estes também são 'pacifistas'?), ou é uma asneira pura e simples.»
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Sabíamos todos que Nelson Mandela fazia, até há quatro meses, parte da lista de terroristas do 'pacifista' George Bush. Ficamos agora a saber que Amílcar Cabral continua na lista de terroristas do coronel Pacheco Pereira. Que tristeza...
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PM