quinta-feira, 30 de junho de 2016
O PICNICÃO
Anda a TVI a publicitar alegremente o picnicão das mercearias do senhor Belmiro, destacando a presença das estrelas Cristina Ferreira e Tony Carreira.
O Marcelo não é referido. Será que o rei dos afectos não vai aparecer por lá para dar um abraço a um molho de nabos?
Começo a ficar preocupado.
HISTÓRIAS DE BANKSTERS
“Desastres” do BPN, BPP, BES e Banif custaram €17,1 mil milhões em cinco anos
Manuel Sebastião, ex-presidente da Autoridade das Concorrência, estima que a “soma simples dos custos dos quatro desastres”, BPN, BPP, BES e Banif, entre 2010 e 2015, aponta para 17,1 mil milhões de euros, o que se traduz num igual aumento da dívida pública, o equivalente a 9,5 % do PIB
Expresso
quarta-feira, 29 de junho de 2016
OS DITADORES TAMBÉM SE ABATEM
Supremo Tribunal manda libertar ativistas angolanos
‘Habeas corpus’ apresentado pela defesa dos 17 ativistas angolanos foi aceite pelo Supremo Tribunal de Angola, que ordenou a libertação imediata dos mesmos. Medida de coação é apenas Termo de Identidade e Residência
Expresso
HAJA FÉ!
João Gabriel, o execrando director de Comunicação do Benfica, vai pregar para outra freguesia.
Obrigado, Senhor!
Para a função entra um ex-assessor do Sócrates.
Que Deus nos guarde...
O FALSO SEM-ABRIGO
A história dos 15 dias que deram um bónus de €753 por mês a um secretário de Estado
Carlos Martins tornou-se secretário de Estado do Ambiente a 26 de novembro de 2015 e está a receber um subsídio de alojamento de 753 euros por mês por causa de um apartamento comprado no Algarve duas semanas antes de ir para o governo, a 9 de novembro, que passou a constar como sua residência permanente. Apesar de nunca lá ter morado
Expresso
terça-feira, 28 de junho de 2016
NOTÍCIAS DE BROCHELAS
O jornal Le Monde diz que a Comissão Europeia deverá recomendar ao Conselho Europeu sanções a Portugal e Espanha através da imposição de uma multa que pode ir até 0,2% do PIB.
segunda-feira, 27 de junho de 2016
DE OUTROS
23 de junho de 2016, o voto popular britânico veio transformar a longa agonia europeia, numa acelerada derrocada que só um milagre poderia impedir. A diferença fundamental no suicídio coletivo em curso, reside no profundamente diferente perfil psicológico das lideranças. No passado, foram líderes ambiciosos, violentos, megalómanos até à loucura, que precipitaram a Europa nos abismos de sofrimento. Hoje, a Europa está a sucumbir à mediocridade, frivolidade, ignorância de gente pequenina, como David Cameron que não hesitou em jogar póquer com o destino de 500 milhões de cidadãos para segurar a sua minúscula carreira de chefe de partido. Contudo, o referendo britânico não é uma causa, mas o efeito de um projeto europeu que se tornou politicamente irresponsável e socialmente hostil. Na teoria, este referendo poderia ser uma oportunidade para refundar o projeto europeu. Mas, na prática, será credível que quem nos conduziu até aqui seja capaz de seguir o caminho que nos pode salvar?
Viriato Soromenho Marques
DN
Viriato Soromenho Marques
DN
domingo, 26 de junho de 2016
sábado, 25 de junho de 2016
BREXIT


Em consciência, quem pode criticar os britânicos que disseram não a uma Europa liderada por esta gente?
sexta-feira, 24 de junho de 2016
BREXIT
"Les historiens énuméreront en même temps les difficultés que rencontre, pour s'établir, cette communauté européenne. (…) Il y a le fait que la Grande-Bretagne, en raison de sa situation insulaire, de son Commonwealth, de sa tradition, ne tend pas du tout, bien au contraire à s'incorporer à notre continent. Combien de fois, pendant la guerre récente, Monsieur Churchill m'a dit : « Quand je serai obligé de choisir entre vous et Roosevelt, sachez-le, je choisirai toujours Roosevelt ! Quand je serai obligé de choisir entre l'Europe et le grand large, sachez-le, je choisirai toujours le grand large !"
Charles de Gaulle
(1951)
Charles de Gaulle
(1951)
quinta-feira, 23 de junho de 2016
DE OUTROS
O PSD quer saber de quanto é que a Caixa Geral de Depósitos precisa para reforçar o seu capital e o que justifica esse montante. Quer o PSD saber e queremos todos nós. Mas se é para saber mesmo, então vamos começar a contar a história desde o princípio, quando em 1995 Rui Vilar abandonou a presidência da instituição. A partir daí, pouco a pouco, PS, PSD e CDS politizaram as sucessivas administrações da CGD e utilizaram-na para os seus objetivos, quer de negócios quer para pagar favores políticos. Passou a ser aceite como natural haver a quota de administradores do CDS (Celeste Cardona, Nuno Fernandes Thomaz…) e os presidentes deviam ser do PS quando o PSD estava no poder e vice-versa. Foi possível assistir a uma batalha entre um chairman (António de Sousa) e o CEO (Mira Amaral), acabando os dois na rua. Foi possível um dos melhores secretários de Estado dos Assuntos Europeus que o país conheceu, Vítor Martins, ser nomeado presidente da CGD, sem ter experiência de banca. Foi possível o escândalo, durante a administração de Carlos Santos Ferreira e Armando Vara, de a CGD financiar o empresário Joe Berardo para este comprar ações do BCP e intervir na guerra pelo controlo daquele banco — dando como garantia as ações… Foi possível, no tempo de Faria de Oliveira, ver a Caixa apostar no mercado espanhol e a estratégia saldar-se por um rotundo falhanço, com pesados prejuízos. Foi possível obrigar a Caixa a engolir o BPN e suportar as pesadas perdas associadas.
Foi possível assistir a uma pessoa sem cargo oficial mas que apoiava o Governo PSD/CDS nas privatizações, o falecido António Borges, obrigar a administração da Caixa a vender a sua participação na Cimpor por um preço claramente inferior ao que o mercado estaria disposto a pagar — com a CGD a engolir as perdas.
A CGD também teve de tomar participações acionistas no BCP e na PT, que depois teve de vender com largos prejuízos. Enfim, como sintetizou Nogueira Leite, vice-presidente da Caixa no tempo de Faria de Oliveira e que se demitiu, a Caixa funcionou, demasiado tempo, como “barriga de aluguer da política pública, da política governamental, da criação de campeões nacionais, centros de decisão nacional ou do que quer que fosse”. E a responsabilidade é de sucessivos governos do PS, PSD e CDS, que se entenderam ao longo de anos para partilhar a Caixa como um despojo das suas guerras políticas. Acresce que cerca de 50% do crédito concedido pela Caixa é para financiar a compra de habitação, o que, tendo em conta a evolução das taxas de juro, prejudica muito os resultados.
A pouco a pouco, PS, PSD e CDS politizaram as administrações da CGD e utilizaram-na para os seus objetivos, quer de negócios quer para pagar favores políticos
É por tudo isto que a Caixa vai precisar de um pesado aumento de capital. E é também por isso que vai ter de reduzir dois mil postos de trabalho. Heranças dos desmandos de sucessivos governos — que, mais uma vez, serão pagos pelos contribuintes.
Nicolau Santos
Expresso
quarta-feira, 22 de junho de 2016
DE OUTROS
A União Europeia transformou a Europa num bordel
A questão é que a UE não é aquela associação entre iguais que nos venderam, empenhada no progresso de todos os países e no bem-estar de todos os cidadãos, no pleno emprego e na segurança dos trabalhadores, na paz mundial e na promoção da democracia.
A questão é que a UE é apenas uma máscara que disfarça o domínio de um grande grupo de países por um pequeno grupo de países, numa nova forma de ocupação que usa a finança como instrumento de submissão, como antes se usavam tanques.
A questão é que a UE é uma organização antidemocrática, que não só é governada por dirigentes não eleitos e não removíveis, da Comissão Europeia ao Banco Central Europeu, como construiu ardilosamente uma camisa de forças jurídica, sob a forma de tratados irreformáveis de facto, através da qual manieta e subjuga os Estados-membros e lhes impõe políticas que estes não escolheram, mas não podem recusar.
A questão é que a UE e as suas instituições se transformaram na tropa de choque do poder financeiro mundial e da ideologia neoliberal e, apesar das suas juras democráticas, impõem a agenda asfixiante da austeridade e proíbem de facto os países de prosseguir políticas nacionais progressistas mesmo quando elas são a escolha democrática dos seus povos.
A questão é que a UE, autoproclamado clube das democracias e dos direitos humanos, acolhe no seu seio sem um piscar de olhos países que desrespeitam os direitos mais básicos e adopta no plano internacional a Realpolitik de se submeter aos mais fortes, obedecer aos mais ricos e fechar os olhos aos desmandos dos mais agressivos.
A questão é que a UE perdeu o direito de reivindicar qualquer superioridade moral quando continuou a atirar refugiados para a morte mesmo depois de ter chorado lágrimas de crocodilo sobre a fotografia de uma criança afogada no Mediterrâneo. Hoje, tenho vergonha de pertencer a este clube e não gosto desse sentimento. Será isto isolacionismo? Pelo contrário. O que eu e muitos cidadãos europeus exigimos é a solidariedade entre países que a União se recusa a praticar.
Público
terça-feira, 21 de junho de 2016
OUTROS FUTEBÓIS
O impressionante treino dos hooligans russos
Adeptos da Rússia têm manchado o Europeu de França com episódios de violência a cada dia que passa. O vídeo agora partilhado revela que o que tem acontecido ruas francesas não é fruto do acaso.
Ver aqui: http://www.ojogo.pt/internacional/noticias/interior/o-impressionante-treino-dos-hooligans-russos-5231376.html
Adeptos da Rússia têm manchado o Europeu de França com episódios de violência a cada dia que passa. O vídeo agora partilhado revela que o que tem acontecido ruas francesas não é fruto do acaso.
Ver aqui: http://www.ojogo.pt/internacional/noticias/interior/o-impressionante-treino-dos-hooligans-russos-5231376.html
segunda-feira, 20 de junho de 2016
"ANGOLA É NOSSA!", DIZEM OS SANTOS DO MPLA
Isabel dos Santos no Comité Central do MPLA
Após ter sido nomeada presidente da Sonangol, a filha de Eduardo dos Santos dá um novo passo em direção à presidência de Angola ao entrar na cúpula do MPLA
Amnistia Internacional insiste na libertação imediata dos ativistas angolanos
Um ano após a detenção dos ativistas angolanos, a Amnistia Internacional (AI) continua a exigir a libertação "imediata e incondicional" dos 17 jovens, considerando que todo o processo constitui "uma afronta à Justiça e aos Direitos Humanos".
EXPRESSO
domingo, 19 de junho de 2016
HISTÓRIAS DE BANKSTERS
Nos últimos cinco anos, a CGD, o BCP, o BES/Novo Banco e o BPI contabilizaram imparidades de 25.500 milhões de euros relativas a crédito e a participações financeiras, o que equivale a cerca de 14% do PIB português e a um terço do resgate da troika a Portugal. Dos 25.500 milhões, à volta de 65% (16.700 milhões) dizem respeito a empréstimos (créditos a particulares ou aproject finance) que as instituições dão como provável não vir a recuperar. A restante parcela é o reconhecimento de perdas potenciais associadas a investimentos financeiros e a imobiliário.
Público
Público
sábado, 18 de junho de 2016
DE OUTROS
A Caixa Geral de Depósitos tem sido, ao longo de décadas, uma espécie de Casa do Artista do Bloco Central (mas num condomínio de luxo).
João Quadros
Jornal de Negócios
DE OUTROS
A razão pela qual José Rodrigues dos Santos conseguiu, com tanta facilidade, ser admitido num debate historiográfico sobre o marxismo feito em jornais de referência, para o qual obviamente lhe falta o equipamento cultural e intelectual, não é a magnânima e descomplexada atitude dos nossos intelectuais. É vivermos num país quase sem elite cultural, onde os bons autores são lidos por pouquíssimos, as polémicas ideológicas vivem no circuito fechado da Academia e de alguns círculos políticos muito restritos e o “Correio da Manhã” é o jornal mais lido nas classes mais instruídas.
Daniel Oliveira
Expresso
Daniel Oliveira
Expresso
sexta-feira, 17 de junho de 2016
ELES ANDAM POR AÍ
O presumível autor do homicídio da deputada trabalhista britânica Jo Cox é "apoiante devoto" de um grupo neonazi com base nos Estados Unidos, informou na quinta-feira uma organização não-governamental (ONG) de defesa dos direitos cívicos. Segundo o Southern Poverty Law Centre, o atirador identificado pelos meio de comunicação britânicos como Thomas Mair, tem uma "longa história com o nacionalismo branco".
LUSA
LUSA
OUTROS FUTEBÓIS
França deporta ativista russo de extrema direita e mais 19 adeptos
Alexander Shprygin, um conhecido ativista russo da extrema direita que viajava com as claques de apoio à seleção da Rússia, e outros 19 adeptos vão ser expulsos de França na sequência dos confrontos que aconteceram em Marselha no passado fim-de-semana. Na terça-feira, 43 pessoas foram detidas, já esta quinta-feira foi anunciado que metade terá que assistir ao Euro em casa.
Segunda acrescenta a BBC, Shprygin será presidente da associação de adeptos russos, All-Russia Supporters Union, que é apoiada pelo Kremlin. Já foi fotografado a fazer a saudação nazi e também na companhia de Vladimir Putin.
EXPRESSO
quinta-feira, 16 de junho de 2016
DE OUTROS
Assis e o fascínio pelo centro-direita
ALFREDO BARROSO
O que mais me impressionou na serena complacência de Francisco Assis perante as sujeições a que o poder obriga, é que ele já parecia então um jovem velhinho. E não era caso único. Entre a novíssima geração que dirigia o PS e governava o País, não era só ele que se levava tão a sério. Também o ministro José Sócrates e o secretário de Estado António José Seguro, por exemplo, quando apareciam a falar na televisão, me transmitiam, irresistivelmente, a ideia de terem saltado directamente do berço para a gravidade de Estado. Ou seja, sem terem passado sequer pela inquietação natural dos anos da juventude e pela irreverência de um qualquer protesto político radical. Independentemente do grau de competência que cada um deles tivesse ou deixasse de ter no desempenho dos seus cargos, a verdade é que rapazes assim tão certinhos e aprumados, jovens velhinhos a transbordar de sentido de Estado, me pareciam já autênticos políticos de plástico. Do género daqueles que raramente têm dúvidas e nunca se enganam – ou que já renunciaram a falar com o coração por julgarem ter sempre razão.
Público
quarta-feira, 15 de junho de 2016
SOBRE A ARTE DE VAREJAR
Finanças disponíveis para colaborar no apuramento criminal de crédito malparado na CGD
Os empréstimos mais problemáticos teriam sido concedidos no tempo do mandato de Carlos Santos Ferreira e Armando Vara, em 2005, mas também houve outros mais recentes. Santos Ferreira foi sucedido por Faria de Oliveira e depois por José de Matos, em 2012.
EXPRESSO
terça-feira, 14 de junho de 2016
SUGESTÃO
En 1931, Erich Kästner, alors au sommet de sa notoriété, publie un roman satirique, Fabian, qui lui vaut les foudres de la critique, prompte à dénoncer l’« immoralité » supposée des œuvres qui osent appeler un chat un chat. Il faut dire qu’il n’y va pas de main morte : son héros s’y livre à une critique féroce du Berlin de la République de Weimar, lieu de toutes les débauches et de tous les compromis. Rien d’étonnant à ce que, dès 1933, l’ouvrage ait été brûlé lors des autodafés décrétés par le régime nazi.
Pourtant, le livre avait subi la censure d’un éditeur prudent, qui en avait soustrait les audaces les plus éclatantes. Une réédition récente nous permet fort heureusement de redécouvrir Fabian dans une version plus conforme à l’idée initiale de Kästner. On n’en est que plus saisi par l’étrange entre-deux dans lequel se meut le jeune Fabian, désespéré par la veulerie de ses contemporains, pressentant l’approche du désastre, mais incapable d’agir et de s’engager. Un roman décapant, qui parvient à conjuguer l’ironie, la compassion et la poésie singulière d’une modernité déboussolée.
segunda-feira, 13 de junho de 2016
DINHEIROS PÚBLICOS PARA ORGIAS PRIVADAS
Já é uma certeza: a CGD vai precisar de um aumento de capital. Fala-se em 4.000.000.000€ - QUATRO MIL MILHÕES DE EUROS - 4.000.000.000€.
Voluntária ou involuntariamente, como qualquer outro indígena, lá vou eu desembolsar umas massas.
Seja. Mas exijo uma contrapartida: quero a desagregação do crédito vencido desde o início das privatizações do senhor Cavaco Silva até hoje. Com os nomes dos beneficiários dos créditos e dos seus decisores.
Não ficarei a saber tudo, mas sempre ajuda a perceber muita coisa...
Para quem quiser recordar: http://aditaeobalde.blogspot.pt/2014/10/ah-bestunto-pensador.html
DE OUTROS
Portas não volta, volteia. Lá vai ele carregado de influência. É só mais um. Enfileira ao lado de um Armando Vara, de um Miguel Relvas ou de um José Luís Arnaut. Gente cuja principal ferramenta é o telefone com a sua agenda de contactos.
Pedro Santos Guerreiro
Expresso
Pedro Santos Guerreiro
Expresso
domingo, 12 de junho de 2016
SUGESTÃO
Lilia, Tatiana, Elly, Nora : quatre femmes réunies en 1953 à Moscou autour d’un étudiant américain, R. Litzky. Elles ont aimé le même homme, l’immense poète russe Vladimir Maïakovski. Lilia Brik, volage et envoûtante, son grand amour. Tatiana Iakovlevna, l’aristocrate, la seule qui s’est refusée à lui. Elly Jones, l’âme sœur. Nora Polonskaïa, la belle comédienne. Elles pensent toutes connaître ses secrets. Et pourtant, vingt-cinq ans après sa mort, alors que ces quatre muses confrontent leurs souvenirs du jeune artiste tourmenté, les révélations s’enchaînent. Elles dévoilent des détails de plus en plus intimes, charnels. Le suicide du poète, magistralement mis en scène, ne fait qu’épaissir le mystère autour de cette figure emblématique de la Révolution. Dans la lignée de son bestseller L’Hirondelle avant l’orage, Robert Littell brosse ici le portrait subversif et passionné d’un autre grand poète russe. Amours libres, avant-garde et idéal politique : un cocktail détonant qui mêle habilement réalité et fiction. Avec audace et non sans une pointe de provocation, Robert Littell joue plus que jamais avec l’Histoire.
sábado, 11 de junho de 2016
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