domingo, 28 de fevereiro de 2021

SUGESTÃO

 


LINGUAGEM

TODOS OS CIDADÃOS DEVERIAM TER LIÇÕES DE LINGUAGEM COMO QUEM TEM LIÇÕES DE ARTES MARCIAIS PARA AUTODEFESA. [...] UM CIDADÃO LÚCIDO EM DEMOCRACIA OU TREINA OS MÚSCULOS DA LINGUAGEM OU É SIMPLESMENTE UM TONTO

Gonçalo M. Tavares 

Expresso 
 

AS RUAS COMO CHIQUEIROS

 


O presidente do Chega, André Ventura, disse este sábado que o partido vai responder "muito veementemente" e com "presença na rua", já em março, à tentativa de ilegalização da estrutura promovida pela ex-candidata presidencial Ana Gomes.

"Quero deixar claro aqui, hoje, que o Chega vai responder muito veementemente, muito veementemente, com presença na rua em relação a esta situação e que vamos responder com toda a nossa força a um dos maiores atentados à democracia desde o 25 de Abril", afirmou.

CM 

FUTEBOLIXO

 

Accionista do Portimonense empresta 13,4 milhões ao FC Porto

Público 

sábado, 27 de fevereiro de 2021

PRÉMIO

 


Maria Teresa Horta vence Prémio Casino da Póvoa com Estranhezas

Júri decidiu premiar um livro que é um “canto celebratório” da poesia. Anúncio do prémio abriu esta manhã a 22.ª edição (em formato online e compactado) do festival Correntes d’Escritas.

Público 

CARTAZ DE CINEMA


 Cena do filme "Esplendor na Relva", drama produzido por L. F. Vieira e realizado por J. Jesus. 

O CHEGUISMO EM ACÇÃO

 


A UE está a dormir? Viktor Orbán e a corrupção na Hungria durante a covid-19

A pandemia tem servido de disfarce a uma série de movimentos do Fidesz para consolidar o poder. A distribuição e externalização de vastos fundos públicos a empresários amigos do Fidesz, bem como a instalação de figuras do partido em conselhos públicos, será difícil de inverter.

“Não lido com questões de negócios” – comentou uma vez Viktor Orbán numa conferência de imprensa quando lhe perguntaram como é que o seu genro, o seu pai, o seu vizinho e o seu amigo universitário se tinham tornado bilionários. “Não existe um nível considerável de corrupção na Hungria”, disse ele.

Zsuzsanna Szelényi

Público 



NÓS TIVEMOS O D. FUAS, OS ESPANHÓIS TÊM O D. FUGAS (AO FISCO E À JUSTIÇA)

 



Foi para evitar o tribunal que o antigo rei Juan Carlos pagou quatro milhões ao fisco

Expresso 

OS SEGREDOS DA JUSTIÇA


 Juíza não pronunciou presidente e vice-presidente sobre viagem a Istambul, mas MP já recorreu

 A Juíza de instrução criminal considerou que a aceitação, por parte do presidente e do vice-presidente da Câmara de Penamacor, de uma viagem a Istambul oferecida por uma empresa de informática se enquadra “nos usos e costumes (...), afigurando-se como uma conduta socialmente adequada” — razão que a levou a decidir não levar a julgamento os arguidos que iam acusados do crime de “recebimento indevido de vantagem”. Inconformado, o Ministério Público (MP) recorreu da decisão.

PÚBLICO 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

UM BUZINÃO COM CEM MILHÕES DE €ARINHOS

Liga dos campeões

Liga Europa 

Taça da liga 

Campeonato 

VENHAM OS LUCROS! AS PESSOAS PODEM ESPERAR

Não falem em transferência de tecnologia às farmacêuticas para produzir vacinas contra a covid-19

Audição no Parlamento Europeu aos administradores das empresas que desenvolveram vacinas contra a covid-19 mostra como estão determinadas em manter os seus direitos de propriedade intelectual, mesmo face à escassez.

pergunta foi feita repetidas vezes pelos eurodeputados que participaram na audição aos directores gerais das farmacêuticas que desenvolveram vacinas contra a covid-19: estariam dispostos a abdicar, de forma temporária, do direito de propriedade intelectual, ou a fazer acordos de transferência de tecnologia para que as suas vacinas pudessem ser produzidas por mais empresas, até noutros países? A resposta, ouvida na reunião conjunta dos comités de Saúde Pública e de Indústria, teve vários matizes, mas rumou sempre ao “não”.

Público 
 

OBSERVEMOS A MANIPULAÇÃO DA DIREITA PORCINA

Cronista do “Observador” é o autor do falso plano de desconfinamento: “Foi partilhado num grupo fechado de amigos”


 Carlos Macedo e Cunha é colunista convidado do jornal online. O Governo revelou ao início da tarde que o documento, que estava a ser partilhado nas redes sociais, é falso e será alvo de participação ao Ministério Público.

Expresso 

O CHEGUISMO EM ACÇÃO


 Joacine queixa-se de ser atacada por polícias nas redes sociais

Deputada diz-se alvo de discriminação há mais de um ano. Apesar de agentes estarem identificados continuam em funções e por punir, lamenta.

Público 

OS HERÓIS E OS TÚMULOS DO BLOCO CENTRAL

Chegados a 2021, o PS e o PSD apresentaram em conjunto um voto de pesar por Marcelino da Mata. Passou algum tempo sobre a determinação de Mário Soares e o gesto de Sá Carneiro contra a guerra colonial, mas não tanto que possam ser esquecidos – ora, foi isso que os seus partidos fizeram. E fizeram-no de forma abjeta: o texto da homenagem ao comando que combateu na Guiné usa três argumentos notáveis, que nunca foi ferido, que teve muitas medalhas e que assinou o telegrama dos oficiais spinolistas contestando o Congresso dos Combatentes do Ultramar em 1973, este para simular um laivo de antifascismo.

Para descer mais baixo, só faltaria explicitar o argumento displicente de muitos dos defensores da medalhação de Mata, o de que, tendo sido um criminoso de guerra, o que foi aliás confessado pelo próprio com gosto, teria sido também um herói. Sobre o mérito, Mário Cláudio, que foi ao tempo jurista no quartel-general de Bissau, conta que instruiu diversos processos-crime contra Mata, “pelo comportamento ilícito, e por vezes atrozmente delitual”, ou “de extrema gravidade”, e que estes terminaram sempre em arquivamento sumário, “por ordem superior sem rosto”, o que diz tudo. Talvez não imaginasse é que o PS e o PSD se juntam hoje para continuar a proceder a esse arquivamento sumário.

Francisco Louçã 

Expresso 


 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

PERSPECTIVAS

No hipismo e no racismo há sempre duas perspectivas. No primeiro caso, há a perspectiva do cavaleiro e a perspectiva do cavalo. No segundo caso, há a perspectiva do agressor e a perspectiva do agredido, quer se trate de agressão verbal ou física. E é irrelevante apurar se uns murros na esquadra de Alfragide são melhores do que uns afogamentos no rio Sena, como faziam os franceses aos argelinos, no tempo da guerra de libertação da Argélia. Como irrelevante é saber se duas chibatadas dadas por um português a um 'escarumba' são mais meiguinhas do que duas chibatadas dadas por um inglês a um 'preto'. E, já agora, não é importante apurar se os soldados marroquinos e senegaleses eram mais violentos do que os polícias franceses, quando os republicanos espanhóis foram 'confinados' e por eles tratados com punhais e espadeiradas, em campos de concentração, em França, após a vitória do carniceiro Franco. Detalhes, são pequenos detalhes da história do racismo, como diria o fascista Le Pen, um dos modelos da direita porcina portuguesa. 
Racismo é racismo. Racismo é abjecção. E ponto final. 




 

O CARNICEIRO SEM ESTÁTUAS

Espanha remove a última estátua de Franco

A última estátua do ditador espanhol Francisco Franco foi removida na terça-feira, de Melilha, uma cidade autónoma espanhola situada no norte de África. O governo espanhol removeu todas as estátuas do antigo ditador ao abrigo da Lei da Memória Histórica.

 

O CHEGUISMO EM ACÇÃO

Professor da Universidade do Porto suspenso por 90 dias por fazer comentários “sexistas, machistas, racistas e xenófobos” nas aulas

É a segunda vez que a Faculdade de Economia aplica sanções a este docente que é acusado por alunos da Faculdade de Letras de ter “atitudes que incitam ao ódio e constituem crimes de assédio e discriminação”.
Público 

 

CARTA ABERTA ÀS TELEVISÕES GENERALISTAS NACIONAIS

«Sabemos que há uma pandemia – e que o SARS-CoV-2, em vez de se deixar ficar a dizimar pessoas no chamado Terceiro Mundo, resolveu ser mais igualitário e fazer pesadas baixas em países menos habituados a essas crises sanitárias.


Sabemos que não há poções mágicas – as vacinas não se fazem à velocidade desejada e as farmacêuticas são poderosas entidades mercantis.


Sabemos que, mesmo cumprindo os cuidados tantas vezes repetidos – distância física, máscara a tapar boca e nariz, lavagem insistente das mãos, confinamento máximo –, qualquer um de nós, ou um dos nossos familiares e amigos, pode ser vítima da doença e que isso causa medo a todos, incluindo a jornalistas, fazedores de opinião e responsáveis de órgãos de informação.


Sabemos também que os média estão em crise, que sofrem a ameaça das redes sociais, a competição por audiências, as redações desfalcadas, os ritmos de trabalho acelerados impostos aos que nelas restam, a precariedade laboral de muitos jornalistas.


Mas mesmo sabendo tudo isto, assinalamos a excessiva duração dos telejornais, contraproducente em termos informativos. Não aceitamos o tom agressivo, quase inquisitorial, usado em algumas entrevistas, condicionando o pensamento e a respostas dos entrevistados. Não aceitamos a obsessão opinativa, destinada a condicionar a receção da notícia, em detrimento de uma saudável preocupação pedagógica de informar. E não podemos admitir o estilo acusatório com que vários jornalistas se insurgem contra governantes, cientistas e até o infatigável pessoal de saúde por, alegadamente, não terem sabido prever o imprevisível – doenças desconhecidas, mutações virais – nem antever medidas definitivas, soluções que nos permitissem, a nós, felizes desconhecedores das agruras do método científico, sair à rua sem máscara e sem medo, perspetivar o futuro.


Mesmo sabendo a importância da informação sobre a pandemia, não podemos aceitar o apontar incessante de culpados, os libelos acusatórios contra responsáveis do Governo e da DGS, as pseudonotícias (que só contribuem para lançar o pânico) sobre o “caos” nos hospitais, a “catástrofe”, a “rutura” sempre anunciada, com a hipotética “escolha entre quem vive e quem morre”, a sistemática invasão dos espaços hospitalares, incluindo enfermarias, a falta de respeito pela privacidade dos doentes, a ladainha dos números de infetados e mortos que acaba por os banalizar, o tempo de antena dado a falsos especialistas, as entrevistas feitas a pessoas que nada sabem do assunto, as imagens, repetidas até à náusea, de agulhas a serem espetadas em braços, ventiladores, filas de ambulâncias, médicos, enfermeiros e auxiliares em corredores e salas de hospitais. Para não falar das mesmas imagens repetidas constantemente ao longo dos telejornais do mesmo dia ou até de vários dias, ou da omnipresença de representantes das mesmas corporações profissionais, mais interessados em promoção pessoal do que em pedagogia da pandemia.


Enfim, sabemos que há uma pandemia causada pelo SARS-CoV-2, mas também sabemos que há uma diferença entre informação, especulação e espetáculo. E entre bom e mau jornalismo.


Consideramos inaceitável a agenda política dos diversos canais televisivos generalistas, sobretudo no Serviço Público de Televisão.


Como cidadãs e cidadãos, exigimos uma informação que respeite princípios éticos, sobriedade e contenção. E, sobretudo, que respeite a democracia.


Subscritores


Abílio Hernandez, Professor universitário; Alberto Melo, Dirigente associativo; Alfredo Caldeira, Jurista; Alice Vieira, Escritora; Ana Benavente, Professora universitária; Ana Maria Pereirinha, Tradutora; António Rodrigues, Médico; António Teodoro, Professor universitário; Avelino Rodrigues, Jornalista; Bárbara Bulhosa, Editora; Diana Andringa, Jornalista; Eduardo Paz Ferreira, Professor universitário; Elísio Estanque, Professor universitário; Fernando Mora Ramos, Encenador; Graça Aníbal, Professora; Graça Castanheira, Realizadora; Helder Mateus da Costa, Encenador; Helena Cabeçadas, Antropóloga; Helena Pato, Professora; Isabel do Carmo, Médica; J.-M. Nobre-Correia, Professor universitário; Jorge Silva Melo, Encenador; José Rebelo, Professor universitário; José Reis, Professor universitário; José Vítor Malheiros, Consultor de Comunicação de Ciência; Luís Farinha, Investigador; Luís Januário, Médico; Manuel Carvalho da Silva, Sociólogo; Manuela Vieira da Silva, Médica; Maria do Rosário Gama, Professora; Maria Emília Brederode Santos, Pedagoga; Maria Manuel Viana, Escritora; Maria Teresa Horta, Escritora; Mário de Carvalho, Escritor; Paula Coutinho, Médica intensivista; Pedro Campiche, Artista multidisciplinar; Rita Rato, Directora do Museu do Aljube; Rui Bebiano, Professor universitário; Rui Pato, Médico; São José Lapa, Actriz; Tiago Rodrigues, Encenador; Vasco Lourenço, Capitão de Abril
 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

UMA BOA MENSAGEM


 

ARRANCOU NOVO JORNAL DEDICADO A LISBOA DIRIGIDO POR CATARINA CARVALHO

Ficou online esta segunda-feira o jornal Mensagem de Lisboa, desenvolvido por Catarina Carvalho e Ferreira Fernandes (ex-directora executiva e ex-director do Diário de Notícias). “É um jornal digital e comunitário de Lisboa. É um projecto ligado à cidade que vai, não só dar histórias da cidade, como construir uma comunidade à volta das pessoas que fazem Lisboa. É algo que não existe. Em Portugal há muito tempo que deixou de haver jornalismo local, sobretudo em Lisboa”, considera Catarina Carvalho, directora da publicação.

O CHEGUISMO EM ACÇÃO


 Vandalizada casa do futebolista e candidato a presidente do sindicato

Ibraim Cassamá, de 35 anos, foi alvo de insultos racistas com inscrições em sua casa. É um dos candidatos à presidência do Sindicato dos Jogadores. (DN) 

O VIEIRA DAS LUZES

Daqui a dias, quando ganharmos três jogos, Vieira dirá que isto lhe custou muito e que não sairá do Benfica antes de ser campeão europeu

Vasco Mendonça 
Tribuna Expresso 

 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

AS BOAS PRÁTICAS DA DIREITA

MARCADOS PELA GUERRA COLONIAL

Foto: Leonel de Castro/Global Imagens
 

VOLTA, VINICIUS, ESTÁS PERDOADO


 "Falta um jogador que meta a bola dentro da baliza".

Jorge Jesus 

(Será que o Jesus julga que os benfiquistas não têm memória? Mas quem é que dispensou do Benfica o melhor marcador da época passada? Foi o roupeiro?) 


A INVASÃO DOS PORCOS

“NÃO FOMOS CAPAZES DE PREVER QUE UMA VAGA POPULISTA DE DIREITA RADICAL NÃO SÓ IRIA CONDUZIR À EROSÃO DE ALGUMAS DEMOCRACIAS COMO, NALGUNS CASOS, ATÉ PRODUZIRIA NOVAS FORMAS DE AUTORITARISMO”

António Costa Pinto 
Visão 

 

O CHEGUISMO EM ACÇÃO


 Ataques racistas e neonazis interrompem sessão organizada por alunos do Liceu Camões. PJ investiga

Associação de estudantes organizou debate sobre a escravatura e o racismo no Zoom. A certa altura o ecrã foi invadido por suásticas, ameaças racistas, saudações nazis e imagens violentas. Direcção do Liceu fez queixa ao Ministério Público de acto “cobarde e racista” e está a estudar estratégias de prevenção. Polícia Judiciária vai investigar.

Público 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

UM GOVERNO ESPICLONDRÍFICO MAS SABEDOR

Mas afinal o que compraram os portugueses? Como se antecipava, papel higiénico, muito papel higiénico (DN 31.3.2020)

Sabe-se: dizer mal do governo é sempre uma tentação. Veja-se o banzé que por aí vai só porque estão encerradas umas lojecas que dão pelo espiclondrífico nome de livrarias. 

Ora, acontece que a medida decretada tem a suportá-la o mais recente e incontestável conhecimento científico: em tempos de merda, o povão precisa é de papel higiénico, porque defecar atrás das árvores e limpar o ânus com pedras são práticas que, tendo vigorado no país durante séculos - em bom rigor, desde o reinado de D. Afonso Henriques, passando pelos consulados dos senhores professores doutores Oliveira Salazar e Marcello Caetano, até à entrada de Portugal na CEE- passaram irremediavelmente de moda.

O que diriam esses contestatários profissionais se o governo tivesse proibido a venda de papel higiénico e nos obrigasse a íntimas limpezas com as páginas do Correio da Manhã ou dos livros do José Rodrigues dos Santos? 

Abaixo as livrarias! Viva o papel higiénico! Viva o governo! 



 

FARENSE 0 - BENFICA 0



 Oh, sô Vieira, se a sua religião não lhe permite despedir o Jesus, despeça, ao menos, o bruxo da Guiné que lhe anda a acender as luzes erradas. 

O MEGAFONE DO TALASSA



 É dando voz aos rodrigos-moitas-de-deus que a RTP ajuda a direita porcina a levar a água ao seu moinho. 

INJECÇÕES DE CAPITAL

Bastonária dos Enfermeiros contrata no Chega e no PSD

Em apenas um ano, e por mais de €240 mil, a Ordem contratou três advogados ligados aos dois partidos

Expresso 


 

VISCA CATALUNYA


 

domingo, 21 de fevereiro de 2021

QUEM OFENDE QUEM



Não é o rapper Hasél que ofende a monarquia espanhola. É a monarquia espanhola que ofende milhões de espanhóis, há séculos . E a quem não acredita, recomendo a leitura de "Um Povo Traído" , de Paul Preston. 

 

LARANJAL ELECTRIFICADO

Caso EDP: Taxista passa encomendas com subornos

Alegadas luvas de 880 mil euros terão circulado por um taxista e suspeita-se que terão financiado a campanha de Passos Coelho, em 2015.CM  

SNS - SERVIÇO DE NEGÓCIOS DE SAÚDE

Cai dentro de hospital privado e recusam-lhe socorro

Trofa Saúde de Alfena exigiu 600 euros a Fernanda Teixeira para lhe tratar os ferimentos.

"É desumano! Só quiseram saber do dinheiro!", diz, indignada Fernanda Campelo. A mulher, de 46 anos, caiu nas escadas rolantes do hospital Trofa Saúde Alfena, em Valongo. Exigiram-lhe 300 euros para a suturar, outros 300 para RX e TAC. Como recusou pagar, mandaram-na chamar uma ambulância e ir para um hospital público. Levou 15 pontos na cara e partiu o pulso.

JN

 

SECRETOS NEGÓCIOS

Antigo diretor das secretas acusado de burla milionária em esquema de pirâmide

Antigo espião foi diretor regional na Madeira e pertencia ao topo da hierarquia de grupo internacional que lesou 13 mil pessoas em todo o Mundo com promessa de lucro fácil. É acusado de associação criminosa, burla e branqueamento.
JN

 

sábado, 20 de fevereiro de 2021

O MARCELO E O MARCELINO


 Ponto prévio: tenho, sempre tive, em muito mau conceito os patrioteiros Salazaro-marcelistas que se obstinaram em defender o "Portugal do Minho a Timor". Foram (são) estúpidos e ignorantes, sendo que alguns acumularam as duas "qualidades".

Com efeito, bastava ter uns breves e rudimentares conhecimentos de história para se saber que, após a segunda guerra mundial, os países imperialistas europeus se viram obrigados a reconhecer a independência das suas antigas colónias. Fizeram-no, quase sempre, através de negociações, mais ou menos complexas, mais ou menos demoradas, que evitaram situações de guerra. A França e a sua elite imperialista bem tentaram fazer parar o rio da História, construindo barragens de artilharia e de todas as outras armas ao seu alcance. Pagaram caro: saíram derrotados e humilhados da Indochina, nos anos 50 do século passado, e da Argélia, na década seguinte. E, praticamente, no mesmo momento em que a França se retirava da Argélia, Salazar, o fedorento e retrógrado hortelão de Santa Comba que os militares levaram ao colo até S. Bento, gritava bem alto, com a sua voz entre o falsete e o amaricado:"Para Angola, rapidamente e em força". Começava a guerra colonial, o maior crime do século XX português, que custou ao país 10.000 mortos, 30.000 feridos e um número indeterminado de stressados de guerra.

E aqui terminam "os previamentes" e começam "os finalmentes": os neofascistas, os seus 'compagnons de route' e os idiotas úteis, como qualquer bando de abutres que se preze, estão a explorar o morto Marcelino da Mata com o mesmo despudor com que o exército colonial-fascista explorou o Marcelino da Mata vivo.

Conheço, de ouvir contar, os feitos e a lenda do pobre Marcelino da Mata desde 1971. Porém, devo dizer que as aventuras do bravo, 'heróico' e condecoradíssimo militar podem ser boa matéria para um álbum de família ou para umas páginas da pequena história dos comandos-cruzados, mas a mim interessam-me muito pouco.

O que é importante neste caso e em muitos outros (como Wiriamu, por exemplo) é saber o nome dos que, entre 1961 e 1974, no Governo, no Comando-Chefe da Guiné e no seu Estado-Maior conceberam, planearam e mandaram executar as mais de duas mil acções em que participou o Marcelino da Mata, e depois o encheram de condecorações. Sim, porque não foi um simples contra-guerrilheiro quem decidiu operações no Senegal ou a invasão da Guiné-Conacri ou, sequer, as 'operações de limpeza' onde a ordem era para matar tudo o que mexesse - galinhas, cabras, porcos, velhos, mulheres, crianças. O bravo Marcelino da Mata morreu com as mãos manchadas de sangue, mas ainda cá estão muitos, igualmente com as mãos cheias de sangue, que bateram palmas à passagem do cortejo fúnebre. Pena que um betinho de Cascais que, por inerência, é comandante Supremo das Forças Armadas tenha juntado as suas mãozinhas imaculadas e bem tratadas a creme Nívea aos aplausos da fascistagem. Deus lhe perdoe, porque ele sabe muito bem o que fez. Quanto aos deputados que aprovaram um voto de pesar, que Deus os pordoe igualmente porque, esses, com raras excepções, não sabem o que fizeram, coitados. 

TESTEMUNHO


 

PROVA DE RESISTÊNCIA


 https://www.sabado.pt/video/detalhe/a-luta-das-livrarias-pela-sobrevivencia

ISTO É QUE É GOZAR COM QUEM TRABALHA

Ministro das Infraestruturas garante obra do IP8 até Beja até junho de 2026


(O IP8 é como a covid-19 - ninguém sabe quando acaba.) 

 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

PREVENÇÃO RODOVIÁRIA PORTUGUESA


 Exmo. Sr. Miguel Sousa Tavares,

A inspecção periódica ao seu carro detectou várias anomalias:

- A direcção está desafinada e a puxar para a direita.

- As pastilhas dos travões apresentam grande desgaste e precisam de ser substituídas.

- Os pneus estão carecas e o carro derrapa perigosamente nas curvas para a direita.

Recomenda-se uma ida urgente à oficina para reparação, a fim de se evitar mais um desastre com consequências lamentáveis. (Tenha sempre em conta o caso do carro do seu homónimo Tavares, o skinhead do Público, que sofreu um despiste violento e hoje está na sucata, de onde ninguém o tira nem às peças). 

Com os melhores cumprimentos, 

Prevenção Rodoviária Portuguesa


VITAMINA C PARA A MINISTRA DA KOLTURA

Livraria de Coimbra monta vitrina com tangerinas em protesto

 

LIVRARIAS ENCERRADAS, LAVANDARIAS EM ACTIVIDADE

Bruxelas abre infracção contra Portugal por falhas na lei contra a lavagem de dinheiro

Comissão encontrou lacunas na transposição de directiva de 2015 em Portugal, na Alemanha e na Roménia. É a segunda vez num ano que Lisboa recebe avisos de Bruxelas.


Público 

 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

A GUERRA COLONIAL NUNCA EXISTIU (NEM A DITADURA)

A morte de Marcelino da Mata, um comando negro do Exército português que lutou ao lado do colonizador, teve homenagem de Estado. O Presidente da República, o chefe de Estado-Maior General e o chefe do Estado-Maior do Exército foram ao funeral. O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, mandou uma mensagem à Lusa: “O ministro da Defesa Nacional lamenta o falecimento e expressa o justo reconhecimento ao tenente-coronel Marcelino da Mata, um dos militares mais condecorados de sempre, pela dedicação e empenho depositados ao serviço do Exército português e de Portugal.” O ministro da Defesa, que ainda não era nascido quando começou a guerra colonial, faz agora 60 anos, nem repara que ao escrever aquilo está tão simplesmente a reconhecer as condecorações da ditadura e o “empenho” – que segundo Vasco Lourenço envolveu crimes de guerra – de um militar numa guerra injusta, que enviou para o matadouro um enorme contingente de jovens portugueses e nos tornou alvo de várias condenações da ONU. Imaginem o ministro da Defesa alemão a homenagear a “dedicação” e prestar o “justo reconhecimento” aos comandos nazis. Ia parecer um bocado esquisito, não era? Aqui em Portugal, como a guerra colonial, os crimes de guerra e os massacres nunca existiram, não faz mal. Além de que, ao contrário do imperialismo nazi, o império português era um “bom” império.

O PSD entregou um voto de pesar em que enaltece “a excelsa bravura” e o “exemplar heroísmo”. O CDS quer um dia de luto nacional. O meu amigo João Miguel Tavares diz que “a democracia portuguesa criou história oficial e entrincheirou-se nela”, só que vai ao ponto errado: essa história oficial que, para além das comendas da ditadura, ainda deu mais uma a Marcelino da Mata em 1994, passa por ignorar os massacres, como aqui escreveu Manuel Loff, os crimes de guerra, esquecer a história real e inventar uma mitologia do colonialismo agradável e da ausência de racismo. Há, decerto, nos jornais por estes dias mais referências às agressões a Marcelino da Mata no quartel do Ralis em 1975 do que às agressões que ele e os seus homens fizeram durante a guerra colonial – e isto diz muito de um povo que prefere esquecer que existiu guerra colonial, ditadura, presos políticos, torturadores, funcionários da polícia política, denunciantes. Como optámos (na verdade, os alemães fizeram o mesmo, exceptuando as altas patentes) por integrar o velho regime no novo regime, o esquecimento acabou por ser a via aceitável para o convívio possível. Mas o esquecimento não é digno de um povo adulto. E 60 anos depois do princípio da guerra, era bom trocarmos umas ideias sobre o assunto.» 

Ana Sá Lopes 
Público 


 

BRAVURA E HEROÍSMO DE CIRCO

Se o ridículo matasse, a fascistagem portuguesa já andava à procura de um novo chefe. 

Imaginem que um cobardolas que entrou em pânico quando foi 'atacado' com uma caixa de pastilhas, que foi protegido por dois jagunços, que fugiu num carro de grossa cilindrada e alta velocidade de ponta e só parou a cem quilómetros do local da 'batalha', não se cansa de elogiar a bravura e o heroísmo de Marcelino da Mata, demonstrados em mais de duas mil acções de combate. 

Bom, no fundo, no fundo, compreende-se a solidariedade do venturoso palhaço: também é preciso coragem para certos números de circo. 



 

SÓ UMA PERGUNTINHA


 Quantos dos réus julgados em Nuremberga, em 1945, tinham sido condecorados pelo exército nazi por actos de bravura e heroísmo? 

CARMEN DOLORES


 https://arquivos.rtp.pt/conteudos/carmen-dolores/

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

A MULTIPLICAÇÃO DOS PORCOS


 

Relatório europeu alerta para risco de "radicalização" e "infiltração" da extrema-direita em Portugal

Um relatório sobre o extremismo de direita na Europa assinala a "normalização" política do Chega em 2020 e alerta para a "possibilidade de radicalização das formas de protesto da extrema-direita portuguesa", identificando seis movimentos em Portugal
Em Portugal, são identificados seis grupos ligados à extrema-direita. O Chega é identificado como populista radical de direita, o Ergue-te (ex-PNR) de extrema-direita, os grupos Escudo Indentitário e Associação Portugueses Primeiro são considerados identitários, Hammer Skin neo-nazis e o Movimento Zero, movimento não orgânico nas polícias, é definido como populistas de extrema-direita.

O Chega, segundo o relatório, fez elevar as "narrativas-chave" de extrema-direita "a níveis nunca vistos na política" portuguesa desde o fim do Estado Novo, dando como exemplo que 15% dos delegados ao último congresso votaram a favor de uma resolução que propunha que fossem retirados os ovários às mulheres que praticassem aborto.

Expresso 

LER MENOS - NOVO PLANO NACIONAL DE LEITURA

Livrarias que só vendam livros são as únicas que não podem abrir

À boleia da permissão da venda de livros nos supermercados, algumas livrarias reabriram portas. Basta não serem só livrarias - venderem também produtos de papelaria ou material eletrónico, por exemplo. Mas se forem só livrarias, vendendo livros e mais nada, então terão de permanecer fechadas.(DN) 

 

JOGO DE CABEÇA


 https://www.record.pt/multimedia/videos/detalhe/francisco-geraldes-e-embaixador-do-rio-ave-no-plano-nacional-de-leitura

UM IMENSO ADEUS


 

MORREU A ATRIZ CARMEN DOLORES

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

PÚBLICAS MANIFESTAÇÕES DE CIGANOFOBIA


 Este jornal, há tempos, autocriticou-se por ter dado espaço de intervenção a anti-semitas e deve fazer o mesmo relativamente à ciganofobia. Em nome de uma errada defesa da “liberdade de expressão”, a comunicação social deixa expressar-se o ódio racial e no fundo a tentativa de acabar com essa própria liberdade.


Irene Flunser Pimentel

Público