quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

PERSPECTIVAS

No hipismo e no racismo há sempre duas perspectivas. No primeiro caso, há a perspectiva do cavaleiro e a perspectiva do cavalo. No segundo caso, há a perspectiva do agressor e a perspectiva do agredido, quer se trate de agressão verbal ou física. E é irrelevante apurar se uns murros na esquadra de Alfragide são melhores do que uns afogamentos no rio Sena, como faziam os franceses aos argelinos, no tempo da guerra de libertação da Argélia. Como irrelevante é saber se duas chibatadas dadas por um português a um 'escarumba' são mais meiguinhas do que duas chibatadas dadas por um inglês a um 'preto'. E, já agora, não é importante apurar se os soldados marroquinos e senegaleses eram mais violentos do que os polícias franceses, quando os republicanos espanhóis foram 'confinados' e por eles tratados com punhais e espadeiradas, em campos de concentração, em França, após a vitória do carniceiro Franco. Detalhes, são pequenos detalhes da história do racismo, como diria o fascista Le Pen, um dos modelos da direita porcina portuguesa. 
Racismo é racismo. Racismo é abjecção. E ponto final.