quarta-feira, 31 de maio de 2017

A TROIKA E O GOVERNO DA BALEIA AZUL

O economista Joseph Stiglitz afirmou hoje que as políticas de austeridade impostas a Portugal e a outros países europeus em crise "tiveram um custo enorme", que foi "totalmente desnecessário" e que "penalizaram a recuperação" dessas economias.
DN

terça-feira, 30 de maio de 2017

50 ANOS


O SILÊNCIO DA RATAZANA

Quem eram os heróis de Portland (e porque é que Trump esteve calado)?

Três homens impediram que um militante da extrema-direita atacasse duas raparigas no metro de Portland. Dois morreram esfaqueados, um está gravemente ferido. Nos Estados Unidos, multiplicam-se os tributos aos “heróis de Portland”. Trump só reagiu três dias depois.
Público

DIVULGAÇÃO


segunda-feira, 29 de maio de 2017

DOBRADINHA


Dobradinha à Rui Vitória


Dobradinha à Jorge Jesus



MPLA - OS BARRIS DE SANGUE ANTES DOS BARRIS DE 'PITROL'


MAIS UM CANECO


UM ROSENBERG DOS NOSSOS DIAS?

Jared Kushner terá tentado abrir um canal secreto de comunicação com a Rússia

Já se sabia que o genro de Donald Trump tinha mantido reuniões secretas, em Dezembro, com o embaixador russo. Agora ficou a saber-se que terá tentado estabelecer uma linha secreta de comunicação com Moscovo.
Público

domingo, 28 de maio de 2017

CINE PARAÍSO

COMPREENDA QUEM QUISER

Christian Rossi ainda deve vender porcelanas pelos mercados da Provença francesa, tem agora 65 anos. Os jornalistas procuram-no, há décadas que é assim, e de vez em quando talvez o encontrem. Talvez na feira de Manosque, com os Alpes ao fundo, talvez em Sète, a do cemitério que olha o Mediterrâneo, talvez no primeiro fim de semana de cada mês na Canebière, no velho porto de Marselha, porque Christian anda por aí, a prova é que os jornalistas sabem que ele faz bricabraque de louça branca.
Mas o certo é que ninguém o fotografou ou lhe arrancou palavras públicas. As últimas que se lhe ouviram, completava ele 21 anos. Nesse tempo era quando se atingia a maioridade, e isso é importante para esta história. Disse Christian aos jornalistas, em 1973: "As recordações que ela me deixou, foi a mim que deixou, não tenho de as contar. Sinto-as. Vivi-as, eu. O resto, as pessoas sabem: era uma pessoa que se chamava Gabrielle Russier. Amávamo-nos, meteram-na na prisão, ela matou--se. É simples."
Depois, silêncio. Quer dizer, o silêncio de um dos protagonistas de assunto geralmente a dois. Porque sobre l"affaire, o assunto, tem havido um belo e triste fascínio - e talvez mais do que isso. O que não deixa de ser natural porque o epílogo, a morte de Gabrielle, aconteceu no mês seguinte, setembro de 1969, a um homem ter dado, pela primeira vez, um pequeno passo sobre a Lua.
Em maio de 1968 a França era só imaginação, e procurava a praia sob as pedras da calçada. Nas manifestações de 68, Gabrielle Russier e Christian Rossi encontraram o facto de se amarem. Não foi coisa muito comum: ela tinha 32 anos, era professora de Francês num liceu de Marselha e ele, de 17 anos, era seu aluno. Em muitas escolas os professores passaram do estrado altaneiro para uma secretária no meio da sala e dos alunos. Eram dias de querer mudar tudo e já.
Ela, divorciada e mãe de duas filhas; ele, a viver com os pais. Quando ele fugiu para ir viver com ela, os pais dele levaram-na a tribunal. De todas estas informações, marcou uma: ele ser menor. Condenada a uma pequena pena, que foi amnistiada pela eleição do presidente Georges Pompidou, Gabrielle - a foto que conheço dela, sentada num banco de jardim, frágil e cabelos curtos - foi convocada para novo julgamento. Não aguentou, abriu o gás e matou-se.
O pastor protestante Michel Viot, também ele jovem, de 25 anos, citou o profeta Isaías quando o caixão de Gabrielle baixou à terra, no cemitério parisiense de Père Lachaise, em Paris: "Juízes humanos, face a Deus, vocês perderam o vosso processo." Estive a fazer contas, por esses dias eu estava a chegar a Paris e não me lembro da notícia. Lia muitos jornais mas nesse tempo, eu, tolo, não lia os faits divers. Se calhar eu era um dos que Serge Reggiani interpelava em Gabrielle, uma canção que logo surgiu: "Quem estendeu a mão a Gabrielle?/ Quando os lobos se atiraram a ela..."
E, no entanto, eu poderia ter entendido Christian. Um pouco mais novo do que ele, amei arrebatadamente Annie Girardot, uma das mulheres da minha vida. Trintona, Girardot nunca soube de nada, mas ela iria ser a única mulher de lábios finos que eu amei. Tudo por causa dos seus olhos que riam e da voz grave... Vejam a coincidência: em 1971, o realizador André Cayatte convidou Annie Girardot para fazer de Gabrielle Russier. Ao filme, chamou-lhe, belamente, Mourir d"Aimer, Morrer de Amar... Um bom filme de Cayatte, mas sobretudo uma interpretação soberba daquela que continuava a mostrar ao mundo, talvez a fingir, que eu lhe era indiferente. Depois, mas logo a seguir, Charles Aznavour, esse interminável que ainda há pouco nos visitou, fez uma bela canção, melhor do que a de Reggiani, sobre Gabrielle e também lhe chamou Mourir d"Aimer.
Extraordinário fait divers, que provocava tanta vontade de representação. E ainda não referi o episódio admirável de uma... conferência de imprensa presidencial. Pompidou tinha sido eleito em junho de 1969, depois da demissão do De Gaulle. Ele tinha sido primeiro-ministro do general, viera do Banco Rothschild mas era um intelectual, amigo de Senghor e de Aimé Césaire. Em setembro, numa conferência de imprensa, e esta já dada como terminada, um jornalista levantou-se e pediu desculpa por introduzir um fait divers. Perguntou ao presidente o que pensava ele do suicídio da professora de Marselha, acontecido dias antes.
É um grande momento de França. Pompidou estava sentado numa escrivaninha, só, frente aos jornalistas. Tinha os dedos entrelaçados, cotovelos pousados sobre o tampo. Mastigou em seco, moveu os dedos. Disse, enfim, que não ia dizer o que pensou. Fez longa pausa, tirou os cotovelos do tampo, inclinou-se mas continuou com as mãos amarradas uma na outra. E disse: "Compreenda quem quiser." É o título de um poema de Paul Éluard, o que provavelmente ninguém ainda dera por isso. E declamou: "Eu, os meus remorsos foram/ A vítima conformada/ Com o olhar de criança perdida/ Essa que se assemelha aos mortos/ Que são mortos para serem amados." O presidente levantou--se, disse "é de Éluard", e foi-se embora.
O poema Compreenda Quem Quiser não foi certamente inspirado em Gabrielle Russier - Paul Éluard escreveu-o em 1944. "O poeta da Resistência", como lhe chamou Aragon, passara a Ocupação nazi a fazer versos, na clandestinidade, que seriam lançados pelos caças britânicos sobrevoando a França. Já com a guerra ganha, Éluard lançou aquele grito de compaixão e indignação aos seus compatriotas. Em maio e no verão de 1944, na França libertada, a turba dos valentes da 25.ª hora arrastava para a rua mulheres que tinham dormido com soldados alemães. Vexavam, insultavam e rapavam-lhes os cabelos. Há fotos dessas vítimas conformadas, de olhar de crianças perdidas - longos, insuportáveis, dolorosos testemunhos calados.
Ah, como os faits divers nos ensinam a humildade de não julgarmos... Pense nisso, leitor, quando lhe falarem da professora Brigitte que conheceu e amou o aluno Emmanuel, no liceu.

Ferreira Fernandes
DN

INTERVALO MUSICAL

sábado, 27 de maio de 2017

SUGESTÃO


CONFISSÕES DE UM REACCIONÁRIO

"Eu não queria que a 'geringonça' funcionasse"

António Barreto
Expresso

MÁS NOTÍCIAS PARA A CRIADAGEM DO SR. SCHAUBLE

DN

VOANDO SOBRE UM NINHO DE RATAZANAS DE ESGOTO

Genro de Trump investigado pelo FBI por causa das ligações à Rússia

Encontros que Jared Kushner manteve com responsáveis russos em Dezembro são do interesse do FBI. Porém, não é acusado de qualquer irregularidade.
Público

DINIS MACHADO

SUBSÍDIOS PARA A BIOGRAFIA DE DINIS MACHADO


António Lobo Antunes

Dinis Machado, que foi toda a vida um miúdo do Bairro Alto, nos modos, nas partilhas, na roupa, que escreveu um livro maravilhoso, 
“O que diz Molero”, e praticamente, depois disso, não escreveu mais nada
– Porque é que não escreves, Dinis?
– Não me apetece

sexta-feira, 26 de maio de 2017

DIZ-ME, ESPELHO MEU, HÁ ALGUÉM MAIS BOÇAL DO QUE EU?

Aquele rapaz com ar de rabejador do grupo de forcados de Mação e que ganha a vida no grupo parlamentar do PaSSos, o Duarte Marques, é sem dúvida o mais boçal e caceteiro deputado da AR. Pois o rapaz, talvez por temer perder esses títulos, saiu-se com esta: "O presidente do PS é boçal e caceteiro"!!!
Faz lembrar a anedota do hipopótamo que vivia preocupado com o tamanho da boca do crocodilo. 

A ILITERACIA DE UMA RATAZANA DE ESGOTO

“Fantástico!”, escreveu Trump no Memorial do Holocausto

RUBLO-TRUMPISMO

Houve contactos entre a campanha de Trump e agentes russos

O ex-diretor da CIA, na sigla em inglês, John Brennan, afirmou hoje no Congresso que se inquietou com contactos ocorridos em 2016 entre dirigentes russos e da equipa da campanha de Donald Trump

"Apresentaram-me informações que revelaram contactos e interações entre responsáveis russos e cidadãos dos EUA implicados na equipa da campanha de Trump", declarou.
"Isto preocupou-me, porque conhecíamos as tentativas russas para comprar tais indivíduos. Todos devem estar bem conscientes de que a Rússia interferiu descaradamente no nosso processo eleitoral da (eleição) presidencial de 2016 e que o fez apesar dos nossos firmes protestos e avisos claros para não o fazer", insistiu durante um depoimento na comissão de Informações da Câmara dos Representantes.
DN

COMÉDIA PORTUGUESA A 300 KM À HORA

Autódromo do Estoril está ilegal há 45 anos

Histórico circuito foi edificado sem licença de construção e não tem licença de utilização. Câmara de Cascais desconhecia o caso e admite expropriação.
Público

quinta-feira, 25 de maio de 2017

O ADOLFO DO ECOFIN GOSTA MUITO DE ELOGIAR



Depois de, durante quatro anos, ter tecido rasgados elogios à sua sopeira portuguesa e ao mainato que a antecedeu, vem agora o Adolfo das Finanças, derrotado, dizer de Mário Centeno: "É o Ronaldo do Ecofin". E assim junta ao seu macabro fanatismo neoliberal uma incalculável dose de descaramento.

HISTÓRIAS DE BANKSTERS

BPN. Oliveira e Costa condenado a 14 anos, três dos 15 arguidos absolvidos

Seis anos e cinco meses depois do começo do julgamento do megaprocesso-crime do Banco Português de Negócios (BPN), em dezembro de 2010, o tribunal ditou esta quarta-feira a decisão final, da qual os arguidos podem recorrer para o Tribunal da Relação. Após uma leitura exaustiva sobre os factos dados como provados, o juiz que preside ao coletivo, Luís Ribeiro, condenou José Oliveira Costa, fundador do BPN, a 14 anos de prisão, Luís Caprichoso a oito anos e seis meses, José Vaz Mascarenhas a sete anos e três meses e Francisco Sanches a seis anos e nove meses.
Os arguidos são condenados por vários crimes, como burla qualificada e falsificação de documentos. Em causa neste julgamento está a ocultação do Banco Insular, em Cabo Verde, a prestação de informação e falsificação de documentos, abuso de confiança, burla qualificada, entre outros crimes. Na teia das operações de manipulação que permitiram o controlo acionista do grupo foi por diversas vezes sublinhada a estratégia de compra e recompra de ações por parte de empresas participadas, um número de offshores a perder de vista e muitos milhares de milhões de escudos e de euros desviados.
O fundador do grupo BPN, Oliveira Costa, foi condenado a 14 anos de prisão por crimes de falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada, burla qualificada e branqueamento de capitais.
Luís Caprichoso, considerado o número dois do grupo e que geria a área financeira da SLN (empresa do grupo), foi condenado a oito anos e seis meses de prisão por dois crimes: falsificação de documentos e burla qualificada.
José Vaz Mascarenhas, que era presidente do Banco Insular em Cabo Verde, usado para ocultar várias operações, foi condenado a sete anos e três meses, enquanto Francisco Sanches, ex-chefe de gabinete de Oliveira Costa e ex-administrador do BPN, foi condenado a seis anos e nove meses.
No total, foram condenados 12 dos 15 arguidos no processo. Os restantes oito arguidos condenados a penas de prisão inferiores a cinco anos viram o tribunal suspender as suas penas mediante o pagamento de indemnizações. Os três arguidos absolvidos foram Ricardo Oliveira, Filipe Baião Nascimento e Hernâni Ferreira.
O arguido Leonel Mateus, ex-administrador da Planfin (sociedade que criava as offshores), foi condenado a três anos de prisão mas o tribunal suspendeu a pena por uma indemnização de 30 mil euros. Luís Almeida, também ex-administrador da Planfin, viu a pena de quatro anos e três meses ser suspensa pelo pagamento de uma indemnização de 45 mil euros. E Isabel Cardoso, também antiga administradora da sociedade, teve a pena de quatro anos e quatro meses substituída por uma indemnização de 25 mil euros.
Telmo Reis, sócio da Labicer, foi condenado a cinco anos mas a pena foi suspensa mediante o pagamento de uma indemnização de 50 mil euros. Já José Monteverde, ex-sócio de uma empresa ligada ao grupo, foi condenado a quatro anos de prisão, tendo o tribunal suspendido esta pena por uma indemnização no valor de dez mil euros. Luís Alves e Rui Costa, ex-responsáveis pela Labicer, foram condenados a dois anos e quatro anos de prisão, respetivamente, tendo a pena de Luís Alves sido suspensa pelo pagamento de 25 mil euros e a de Rui Costa pelo pagamento de 30 mil euros.
O ex-administrador do BPN António Franco foi condenado a três anos de prisão, suspensa pelo pagamento de uma indemnização de 10 mil euros.
Três arguidos absolvidos: o empresário Ricardo Oliveira, o advogado Filipe Baião do Nascimento e Hernâni Silva Ferreira, que era sócio gerente de uma sociedade ligada a empresa de cerâmica Labicer. Para este último, o Ministério Público já tinha pedido a absolvição.
Expresso

quarta-feira, 24 de maio de 2017

O ÓPIO DO POVO

Bombista-suicida morreu após detonar explosivo num concerto em Manchester. Há pelo menos 22 mortos e 59 feridos

Expresso

TV MACACA

 "Na noite e no dia seguinte à visita do Papa a Fátima, já não havia Papa na televisão. Havia Benfica, Benfica, Benfica, o misto Benfica-Salvador Sobral e Salvador Sobral. Se se tiver em conta a linguagem intensa que acompanhou a visita do Papa, em que cada jornalista e repórter parecia um padre, é interessante ver como a seguir a linguagem foi a de um adepto do SLB aos pulos e, depois, de um emocionado e nacionalista espectador de uma vitória pátria num festival de canções em que sempre perdemos. Sim, é verdade que é melhor ganhar do que perder e que não há problema nenhum em sentir felicidade e gosto pessoal nessas vitórias, mas a questão é que cada vez mais o discurso televisivo deste tipo de eventos é completamente acrítico, ausente de qualquer mediação e, desse ponto de vista, informa-nos pouco."
J. Pacheco Pereira 
Sábado

terça-feira, 23 de maio de 2017

O GOVERNO DA BALEIA AZUL

Tratar as pessoas como atrasadas mentais, convidá-las à autoflagelação e até mesmo ao suicídio foi uma prática constante do governo da 'AD', como muito bem sabemos. Por isso, os mentores do jogo 'Baleia Azul' deviam pagar direitos de autor ao 'diabólico' PaSSos e ao 'motoqueiro' Portas. 

MÁS NOTÍCIAS PARA A CRIADAGEM DO SR. SCHAUBLE

Comissão recomenda saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo

segunda-feira, 22 de maio de 2017

(DE)CRESCER

Crescemos 20 centímetros com a vitória na Eurovisão, mas encolhemos metro e meio nos últimos anos

Os 20 centímetros que o Salvador Sobral trouxe são em grande parte mérito dele, e o metro e meio que perdemos é demérito nosso.
 Sim, excelente, andamos todos com mais 20 centímetros, mas onde é que está o metro e meio que perdemos como nação há 20 anos para cá, com a perda de poderes do Parlamento português, com a assinatura de tratados como o Orçamental, com a subjugação a um modelo de crescimento medíocre em nome das “regras europeias”, com acordos como o Acordo Ortográfico, que fez proliferar as normas da ortografia do português, em vez de as unificar, ficando nós com a mais pobre, com os cortes no ensino da língua e da projecção da cultura, com a ênfase na diplomacia económica e o definhar das instituições como o Instituto Camões?

J. Pacheco Pereira
Público

QUE DIOS TE OIGA






Espanha - "Faremos do PSOE o partido da esquerda", diz Sánchez após vitória.

DN

EVAPORAÇÃO SEVERA




Banif não encontra dossiers de investimento de alguns clientes

Dossiers de investimento dos obrigacionistas são documentos essenciais para a CMVM avaliar as queixas que recebeu até ao momento.
Público

domingo, 21 de maio de 2017

BRASIL - CRÓNICA DE UMA CORRUPÇÃO ANUNCIADA

DIVULGAÇÃO


Fundação Oriente

Concerto Amigu di Macau

Sábado | 27 Maio | Auditório | 18.00

PROGRAMA | canções chinesas, portuguesas e macaenses

Gratuito, mediante levantamento de bilhete no próprio dia


Mozart, Schumann, Bruch

Domingo | 4 Junho | Auditório | 17.00 

W. A. Mozart 
Trio KV 498, Kegelstatt (Pinos)
R. Schumann Contos de Fadas, Op. 132
M. Bruch Oito Peças, Op. 83

Solistas: Nuno Silva (clarinete), Joana Cipriano (viola), Anna Tomasik (piano)

Gratuito [mediante levantamento de bilhete no próprio dia]

sábado, 20 de maio de 2017

A VELHINHA DAS ERVILHANAS

A última escrava portuguesa morreu em Lisboa nos anos 1930

“Escravos de Portugal” reúne histórias de escravos. Portugal é pioneiro na abolição da escravatura, mas ela só acabaria, de facto, muito depois de 1761, diz o historiador Arlindo Manuel Caldeira.

SUGESTÃO


INTERVALO MUSICAL

sexta-feira, 19 de maio de 2017

A FRONTEIRA DOS LIVROS

O Presidente da República e o filósofo Eduardo Lourenço vão estar na inauguração da Feira do Livro de Madrid, que este ano tem Portugal como país convidado, e que abre na sexta-feira, 26 de maio. (DN)

Luís Fontoura, destacado militante do PSD, costumava dizer ao Baptista-Bastos que o que o separava de Cavaco eram três quilómetros de livros. E também devemos reconhecer que o actual presidente da República, igualmente destacado militante do PSD, tem a separá-lo de Cavaco uma imensa fronteira de livros. Marcelo vai à Feira do Livro de Madrid, Cavaco vetou a candidatura de "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", de José Saramago, ao Prémio Europeu de Literatura. Há as suas diferenças.

DEJECTISMO

Aquilo não é jornalismo

Todos os que compram o Correio da Manhã, todos os que lá escrevem e todos os que lá anunciam são cúmplices das atitudes vergonhosas do título.
Diogo Queiroz de Andrade
Público

ESGOTOGATE

Líder republicano afirmou que Putin pagava a Trump

Kevin McCarthy, líder da maioria republicana na Câmara dos Representantes, foi gravado a falar com outras figuras do partido
"Existem duas pessoas a quem eu acho que Putin paga: Rohrabacher e Trump". A frase é de Kevin McCarthy, líder da maioria republicana na Câmara dos Representantes e terá sido proferida em junho de 2016, um mês antes de Donald Trump conseguir a nomeação republicana.
The Washington Post noticia esta terça-feira ter ouvido uma gravação na qual McCarthy - que é também um dos maiores aliados de Trump no Congresso - está a conversar com outras figuras do partido.
Já Dana Rohrabacher, que também, de acordo com McCarthy, receberia pagamentos de Putin, é conhecido no Congresso como um grande defensor da Rússia e do seu presidente.
DN

quinta-feira, 18 de maio de 2017

O SAMBA DO ESGOTO

Temer foi gravado a dar aval para subornar Eduardo Cunha

O presidente da República brasileiro, Michel Temer foi gravado, em março, a dar aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados e hoje detido por corrupção e outros crimes no âmbito da Lava-Jato.
Segundo informação do jornal O Globo, Joesley Batista, magnata brasileiro dono da JBS, a maior empresa do setor das carnes do país, apresentou à polícia um áudio onde Temer o incentiva a pagar a Cunha pelo seu silêncio. "Temos de manter isso, viu?", diz o presidente.
Cunha, o principal motivador do impeachment de Dilma Rousseff, aliado e colega de partido de Temer, o PMDB, já havia, da prisão, dado a entender que poderia envolver Temer na Lava-Jato. O que fica agora provado com esta gravação na posse da polícia.
DN

E AGORA, FRANÇOIS?

Quanto às presidenciais francesas, 'les jeux sont faits'. Perdeu a fascista pura, ganhou o híbrido dos mercados.
Analistas, comentadores, politólogos arrasam-nos com análises, comentários, politiquices. Vai Macron acabar a demolição do PSF, iniciada pelo camarada Mitterrand? E os gaullistas, reduzidos à insignificância, irão roubar para outra freguesia? E, neste cenário, a fascista pura poderá ganhar as eleições de 2022?
Tudo questões importantes, sem dúvida. Mas ainda ninguém se importou com uma outra que me preocupa e é igualmente relevante: a partir de agora, quem vai pagar os dez mil euros mensais ao barbeiro e cabeleireiro de François Hollande? Ele, o dito cujo, ou 'la République française'?

ESGOTOGATE

Trump pediu ao FBI para encerrar investigação sobre a Rússia

Director do FBI, James B. Comey, escreveu que presidente dos EUA lhe pediu para dar por terminado processo contra Michael Flynn


Trump sugeriu ao FBI prisão de jornalistas que publicassem fugas de informação

O Presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu ao antigo diretor do FBI que os jornalistas que publicassem fugas de informação deveriam ser detidos, noticiou o New York Times 


DIVULGAÇÃO


quarta-feira, 17 de maio de 2017

SOBRE HERÓIS E TÚMULOS

Instrutores dos comandos quiseram pôr vidas em risco, conclui Ministério Público

Procuradora diz que arguidos “agiram conscientemente com o propósito de maltratarem fisicamente” os recrutas sabendo que estes poderiam ficar “em perigo de vida”. Acusação deverá sair até Junho.

Como consta do processo consultado pelo PÚBLICO, as responsabilidades são atribuídas nos seguintes termos: “Todos os arguidos agiram voluntária e conscientemente com o propósito de maltratarem fisicamente os ofendidos e instruendos do curso” sabendo como “possível que da privação da água” associada à “exposição de elevadas temperaturas” e à “imposição de exercícios físicos violentos, resultasse doença particularmente dolorosa, e mesmo perigo para a vida dos ofendidos, conformando-se, não obstante, com esses resultados”.
Além disso, os responsáveis da instrução e instrutores ignoraram os referenciais conhecidos em publicações científicas relativas aos efeitos do calor e da desidratação, e transgrediram os deveres militares exigíveis a todos mas sobretudo a oficiais, refere a magistrada do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa.
(...)
A situação foi agravada, conclui-se nos factos imputados, pelos castigos impostos a quem dava sinais de não estar bem, e porque os procedimentos foram ignorados pelos responsáveis. Ainda antes da Prova Zero ser suspensa pelas 16h10, pelo menos dois dos instruendos que se encontravam em situação mais grave deveriam ter sido colocados numa tenda com refrigeração – um deles era o segundo furriel Hugo Abreu. Pelo contrário, foram colocados numa tenda “onde a temperatura ambiente era superior à temperatura exterior”.
O resumo redigido dos factos apurados e imputados aos arguidos já está nos moldes em que será a acusação que deverá ser deduzida até final de Junho. E essa linha de acusação não contempla a hipótese de as mortes terem resultado de negligência porque os instrutores e responsáveis pela instrução tinham conhecimento das graves consequências que adviriam da forma como decorreu a instrução.
(...)
Além disso, a investigação considera que o director da prova – um dos principais arguidos – “conhecia as características das instruções constantes do Guião da Prova Zero e face ao que já havia sucedido em cursos anteriores, sabia que o esforço físico dos instruendos a céu aberto e a temperaturas elevadas, conjugado com a privação de água, provoca necessariamente lesões neurológicas e corporais nas vítimas”.
Como responsável do curso, o tenente-coronel devia “impedir a prática de castigos e de quaisquer actos violentos contra os instruendos”. Em vez disso, diz a procuradora, “os empurrões, bofetadas, socos na cabeça e pontapés" eram "prática habitual por parte dos instrutores”.
Sobre o comandante de companhia de formação do curso 127, capitão responsável hierárquico de todos os instrutores, diz que “quis provocar” lesões corporais, “sabendo que dessa forma violava gravemente os seus deveres” militares (inerentes à sua função) e a disciplina militar, exigível a um oficial”. Dos 20 arguidos, oitos são oficiais: um tenente-coronel, dois capitães, três tenentes e dois alferes.

Ana Dias Cordeiro
Público

UM CASTIGO EXEMPLAR

Exército puniu instrutor do 127.º curso de Comandos com proibição de saída

A pena foi aplicada pelo chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte.

Um instrutor do 127.º curso de Comandos, no qual morreram dois militares, foi punido com a pena de “proibição de saída” durante dez dias, no âmbito do processo disciplinar aberto pelo Exército, disse à Lusa fonte do ramo.
Público