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Deixou de haver jornalistas, no exacto sentido da nobre palavra. São meros microfones esticados, ou, pior, explicações de "economês" bastardo. O idioma sofre tratos de polé, com a aparente simplificação ortográfica. Nada no-lo é explicado. Só conheço, e mal, um programa de literatura?, praticamente uma charada. São às dezenas os de futebol, ligeirinhos, ligeirinhos; e os de futilidades sem nexo nem sentido. "Que Portugal se espera de Portugal?", perguntava, há anos, o grande poeta Jorge de Sena. Estranhamente, a pergunta permanece, como chaga inquietante que se não atenua. É isto que querem?
Baptista-Bastos
CM