domingo, 20 de outubro de 2024

O ESTADO DO RANGELZINHO

 


O ministro dos Negócios Estrangeiros recusou o cumprimento do comandante do Aeródromo de Figo Maduro, minutos depois de ter destratado o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea. O momento em que Paulo Rangel vira costas e deixa o coronel Abel Oliveira de mão estendida foi captado pelo CM. Aconteceu à chegada do voo de repatriamento de portugueses do Líbano, a 4 de outubro, quando o governante se mostrou descontente com uma questão protocolar e “atacou” também o general Cartaxo Alves, que descompôs “de forma ofensiva e aos gritos”.

CM



O comportamento do ministro Rangelzinho não surpreende. Falta, sempre faltou, ao homenzinho dimensão para os cargos políticos que tem desempenhado, e onde tem chegado, certamente, por vontade divina, já que não se vê o mínimo laivo de racionalidade que justifique a sua carreira política. Já aqui, e há muito tempo, lhe tinha feito uma radiografia:

'O Rangelzinho, durante décadas, fez da chicana um modo de vida, cultivou a imagem de um temível chicaneiro, na Assembleia da República, no Parlamento Europeu, nos jornais, nas televisões. Não há registo de uma única intervenção com sustância. Em consequência disso, agora, o fatinho de ministro de uma pasta sensível fica-lhe mal, deixa-lhe os antebraços e as canelas à mostra, torna-o (mais) ridículo, dá-lhe a imagem de palhaço pobre. Ou de estadista de revista do Parque Mayer. Era de prever.' (17.5.2024)