Aumente os impostos que quiser, faça as cativações que entender, ceda a garagem do seu ministério à Madonna para que a vedeta não abandone a cidade por falta de estacionamento, financie uma ciclovia do Largo do Rato até à Capelinha das Aparições, mande transferir para o Novo Banco os comboios carregados de euros que a instituição lhe solicitar, manifeste publicamente apoio a todas as candidaturas do Vieira, dê à embaixada da Lubianka os nomes, moradas, números de telefone de todos os contribuintes ucranianos. Enfim, faça o que quiser com essa 'arrogância simpática' que sempre o acompanhou nos seus exercícios camarários. Só lhe peço um favor: não leve para o seu ministério a Margarida Martins, sua amiga a quem, ainda recentemente, reiterou a confiança política. Nem como secretária de Estado, nem como directora-geral dos impostos, nem como assessora, nem como fiscal das Finanças, nem como técnica de higiene e limpeza, nem, sequer, como porteira. É que, se o fizer, ficará demasiado frágil, e nós precisamos de um ministro das Finanças forte.
quinta-feira, 24 de março de 2022
UM MINISTRO FORTE OU FRÁGIL?
Sô ministro das Finanças,