quinta-feira, 29 de julho de 2021

EXERCÍCIO DE MEMÓRIA

Onde param os admiradores portugueses de Bolsonaro?

Tudo se passou há menos de dois anos. Paulo Portas1, já comentador, não via nada "eticamente reprovável" em Bolsonaro e considerava exageradas as acusações de ultraliberalismo. Nuno Melo2, sempre enraivecido, desdobrou-se na defesa de Bolsonaro. Assunção Cristas3 não via diferenças entre o candidato democrático Haddad e este extremista de Direita. Santana Lopes4 chegou ao ponto de escrever-lhe uma carta de felicitações pela eleição. Carlos Peixoto5, deputado do PSD, estava certo que o exercício do poder levaria Bolsonaro "à moderação e ao pragmatismo". Luís Nobre Guedes6, do CDS, declarou que, se pudesse, votaria nele. André Ventura7, do Chega, encantava-se com "essa frescura de pensamento que os liberais ocidentais podiam aprender com Bolsonaro".

Mariana Mortágua
6.5.2020