M – O Filho do Século é a biografia ficcionada de um homem e, através dele, o retrato de toda uma época, a da ascensão do fascismo. Um romance vibrante, com a profundidade de um ensaio e o ritmo narrativo da melhor ficção contemporânea, sobre como uma sociedade se entregou às ilusões de grandeza de um homem.
Num relatório da Segurança Pública de 1919, ele é descrito como ""inteligente, de constituição forte, embora sifilítico, sensual, emotivo, arrojado, muito ambicioso e sentimental."" Ele sente o ar dos tempos. Fareja-o como ninguém. E sabe o que tem perante si: uma Itália desgastada e cansada da casta política, uma democracia agonizante. Trata-se de Benito Mussolini, ex-líder socialista expulso do partido, agitador político infatigável, editor de um pequeno jornal de oposição. O homem que, mais do que qualquer outro, mancharia de sangue o corpo de Itália e seria responsável por alguns dos episódios mais negros do século XX.
A não-ficção dissecou todos os aspetos da vida de Mussolini e da ascensão do fascismo, mas a ficção ainda não o tinha feito. M – O Filho do Século é um prodigioso romance documental não só pelas fontes históricas em que o autor se baseia, mas sobretudo pelo efeito que produz. Factos sobre os quais acreditávamos saber tudo são agora explorados pelo talento literário de Antonio Scurati, produzindo uma história que soa inédita. Um romance – e este é um ponto fundamental – onde nada é inventado. Uma obra sem precedentes na literatura internacional.