segunda-feira, 16 de abril de 2018

BANKSTERS, GANGSTERS E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

Rio fez as contas: um aumento de 1,4% ou de 1,5% na administração pública, que é equivalente à taxa de inflação, custaria cerca de 300 milhões de euros. Ao mesmo tempo, o líder social-democrata somou a injecção de dinheiro que o Estado fez na CGD – quatro mil milhões de euros – e a que se prepara para fazer no Novo Banco – 3,9 mil milhões de euros. “É possível que o próximo Orçamento não tenha a folga para os 300 milhões de euros, são 25 vezes menos” do que a ajuda aos dois bancos, referiu.
Apesar de conceder que o Governo alegue que ainda existam dificuldades no sistema financeiro, Rio lançou um desafio. “Vamos fazer um acordo: vamos aceitar esta ajuda do sistema financeiro. Porque é que o Governo se recusa a dizer quem foram aqueles credores hoje devedores da banca que não estão capazes de devolver as verbas”, questionou, acrescentando que não se está a referir aos portugueses que “compraram uma casa, um carro ou uma televisão” e que depois não puderam pagar. “Não é destes que estamos a falar, estamos a falar de um escasso número de pessoas que ficaram a dever milhões e milhões na Caixa e no Novo Banco e que, se calhar, em alguns casos, serão os mesmos de um lado e de outro. Se não temos capacidade para melhorar a vida das pessoas digam-nos quem são os principais responsáveis por isto ter acontecido”, reforçou.

Público

O que Rui Rio não disse e que deveria ter dito é que os decisores dos créditos e os seus beneficiários (hoje, grandes devedores) são todos sócios da 'Liga dos Amigos do Bloco Central'.