sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O PENSAMENTO COMPLEXO DE UM HUMORISTA DO EXPRESSO

Disse Pedro Abrunhosa: «O grande capital percebeu que não precisa da democracia para nada». E Henrique Monteiro, humorista e eterno candidato a quinto gato fedorento, sai a terreiro e avisa os incautos, na sua coluna do 'Expresso online': «Demasiado básico? Com certeza, mas é o que faz caminho por certa esquerda».
Quem sabe, de Henrique Monteiro, o que dele disse José António Saraiva, nas suas 'Confissões', sabe do artista apenas o básico. Mas quem leu o filósofo Edgar Morin e o seu 'pensamento complexo' sabe, pelo elevado número de citações, que a grande fonte de inspiração do francês foi a monumental e complexa obra de Monteiro, no domínio das complexidades do pensamento e da vida.
A esquerda que leu Marx mas não leu Monteiro será sempre uma esquerda básica. Uma esquerda que se queira culta, complexa, evoluída tem de completar a sua formação ideológica com o estudo das obras completas do comendador Marques de Correia. 'O Capital' e o 'Manifesto de 1848', obras menores de um filósofo menor do século XIX, são insuficientes. A modernidade, o futuro chamam-se Monteiro, Henrique Monteiro.
Aprendam.