"A fome de cultura é a raiz de todas as fomes"
"Portugal está a empobrecer duplamente. A fome de cultura é a raiz de todas as fomes. A prazo, estamos a hipotecar o nosso progresso porque estamos a expulsar perdulariamente os nossos melhores jovens para o estrangeiro, sem fazer nada fazer para os fixar cá", disse ao Expresso o historiador José Eduardo Franco, 'pai' do projeto inicial do "Manifesto contra a crise", que já foi assinado por mais de 130 artistas, escritores, investigadores e outros trabalhadores intelectuais.
"Considero que o aspeto mais positivo da nossa adesão à Uniao Europeia foi a criação de uma elite altamente qualificada. E agora estamos a expulsá-los, e ao fazer isso estamos a contribuir para prejudicar irremediavelmente o país a prazo", acrescentou José Eduardo Franco: "Estamos a expulsar o nosso ouro. Daqui a uns anos vamos ter de os comprar se os quisermos cá ter de novo".
O "Manifesto contra a Crise - Compromisso com a Ciência, a Cultura e as Artes em Portugal" vai ser apresentado no próximo dia 29, às 18h30, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, e pretende "tornar pública a relevância estratégica da ciência, da cultura e das artes para o nosso futuro, como comunidade política aberta e dinâmica.
No dia 29, vai ser aberta uma plataforma pública para subscrição do Manifesto.
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