sábado, 25 de agosto de 2012

HOMENAGEM


Reflectir sobre a herança do ensaísta que "definiu uma política cultural para o país"

Um colóquio dedicado a Eduardo Prado Coelho vai realizar-se nos dias 15 e 16 de Novembro, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.
Quando ainda era muito novo, num inquérito no Diário de Lisboa em que lhe perguntavam o que queria vir a fazer na vida, Eduardo Prado Coelho respondeu com três palavras: "Ler, escrever e ensinar." Foi o lema da sua vida. O professor, escritor e ensaísta, que morreu a 25 de Agosto de 2007, faz hoje precisamente cinco anos, foi um caso raro no meio intelectual português, recordado por Eduardo Lourenço como: "O melhor de todos nós."

Por isso, nos dias 15 e 16 de Novembro, na Fundação Calouste Gulbenkian vai reflectir-se sobre o seu pensamento, no colóquio O Edifício da Alegria (expressão de uma crónica em que o escritor se refere à obra da Silvina Rodrigues Lopes), com organização de Margarida Lages e de Carlos Vargas, do Centro de Estudos sobre o Imaginário Literário (FCSH/UNL) e do Observatório Político. Entre os convidados e os oradores estão pessoas que de alguma forma se relacionaram com Prado Coelho, eram seus amigos ou foram seus pares. A lição inaugural caberá ao professor Eduardo Lourenço, que foi seu amigo e seu interlocutor privilegiado, e o encerramento será feita pelo filósofo francês Marc Crépon. 

Participarão ainda Emílio Rui Vilar (que falará sobre a experiência da Europália 91), Guilherme D"Oliveira Martins, o ex-ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho e o fundador e primeiro director do PÚBLICO, Vicente Jorge Silva. Os filósofos José Gil, Maria Filomena Molder, Nuno Nabais também participam; bem como os literatos Carlos Reis, João Barrento, Nuno Júdice e Silvina Rodrigues Lopes. Para abordar a sua faceta política foram convidados António Pedro Pita, Carlos Vargas, José Carlos Serras Gago e Manuel Villaverde Cabral. Mas entre os oradores encontram-se ainda, entre outros, António Mega Ferreira, João Mário Grilo, Bernardo Pinto de Almeida e Bragança de Miranda. 
Público