terça-feira, 30 de novembro de 2010
RESPEITO E CREDIBILIDADE
75 ANOS
Bicarbonato de SodaSúbita, uma angústia... Ah, que angústia, que náusea do estômago à alma! Que amigos que tenho tido! Que vazias de tudo as cidades que tenho percorrido! Que esterco metafísico os meus propósitos todos! Uma angústia, Uma desconsolação da epiderme da alma, Um deixar cair os braços ao sol-pôr do esforço... Renego. Renego tudo. Renego mais do que tudo. Renego a gládio e fim todos os Deuses e a negação deles. Mas o que é que me falta, que o sinto faltar-me no estômago e na circulação do sangue? Que atordoamento vazio me esfalfa no cérebro? Devo tomar qualquer coisa ou suicidar-me? Não: vou existir. Arre! Vou existir. E-xis-tir... E--xis--tir ... Meu Deus! Que budismo me esfria no sangue! Renunciar de portas todas abertas, Perante a paisagem todas as paisagens, Sem esperança, em liberdade, Sem nexo, Acidente da inconsequência da superfície das coisas, Monótono mas dorminhoco, E que brisas quando as portas e as janelas estão todas abertas! Que verão agradável dos outros! Dêem-me de beber, que não tenho sede! Álvaro de Campos, in "Poemas" |
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
GRANDE DESCOBERTA!
É A KULTURA DOS MERCADOS, ESTÚPIDO!
«"Há uma falta de estratégia política do primeiro-ministro" na área da Cultura»
domingo, 28 de novembro de 2010
ESQUERDA BAIXA
«A televisão trouxe a notícia da libertação de Aung San Suu Kyi, e é claro que fiquei satisfeito. Sou em princípio a favor de todas as libertações, mas talvez desta ainda mais do que é costume. Não por Suu Kyi ser Prémio Nobel da Paz e Prémio Sakarov: na verdade são galardões que pela sua própria história me inspiram alguma desconfiança e dispenso-me de explicar porquê. Mas acontece que Suu Kyi é mulher e que para mais tem aquele arzinho fisicamente frágil que nos dá cuidados quando a imaginamos presa. É certo que na sua própria residência, que é capaz de ser mais confortável que a minha. Mas imagino que deve ser terrível para uma mulher, para mais senhora de boa disponibilidade financeira, não poder sair de casa para ir às compras no hipermercado mais próximo. Não sei, é claro, se há algum hipermercado nas proximidades da residência de Aung San Suu Kyi, mas é praticamente certo que o haverá em tempo próximo, quando a democracia por ela desejada chegar enfim a Mianmar, pois é também para isso, para a abundante instalação de hipermercados, que a democracia serve, também para isso foi reinventada.»
Correia da Fonseca
'Avante!»
sábado, 27 de novembro de 2010
A DIETA IMPOSTA PELO MINISTRO AUGUSTO ERNESTO
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
WEST COAST 2011
HAJA SAÚDE!
Hospital compra fardas a estilista
Sindicato Independente dos Médicos acusa maior unidade do Norte de gastar mais de um milhão de euros nas vestes. Administração nega. (CM)
O TRIUNFO DOS PORCOS
MODELO SOCIAL CHINÊS
Portugueses trabalham mais horas pelo mesmo dinheiro
Bruxelas explica por que razão Portugal ainda cresce: empregados estão a trabalhar mais para compensar subida do desemprego.
DN
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
O ESTRANHO CASO DOS GREVISTAS VERMELHOS
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
A NATA DA NATO
As mulheres já estariam contratadas e entraram no hotel onde a delegação estava instalada na companhia dos elementos da Geórgia. De acordo com o 'Correio da Manhã', a festa - à qual se juntaram alguns delegados arménios - foi bastante animada e incomodou o presidente francês, Nicolas Sarkozy. Elementos da delegação francesa queixaram-se do barulho.»
DIÁRIO DE UM NÁUFRAGO
A DANÇA MACABRA
NOTÍCIA COMPLETA
HÁ MAIS VIDA PARA LÁ DA CIMEIRA DA NATO
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
A GRANDE OBRA DO "ENGENHEIRO DA INDEPENDENTE"
A EUROPA EM CONSTRUÇÃO
HAJA SAÚDE!
ESTADISTAS
ESTADISTAS
A revelação foi feita através de um acórdão lido no tribunal de Palermo.
Um senador próximo de Silvio Berlusconi, Marcello Dell'Utri, condenado em Junho, por um tribunal de recurso, a sete anos de prisão por cumplicidade com a Mafia, serviu de "canal de ligação" entre o actual primeiro-ministro italiano e a Cosa Nostra, a Mafia siciliana, de acordo com a sentença, só divulgada na sexta-feira.
O chefe mafioso terá garantido "protecção" a Berlusconi e aos seus mais próximos, de acordo com o acórdão lido no tribunal de Palermo. "O tribunal considerou provada a actividade de mediação efectuada por Dell'Utri e [o mafioso] Gaetano Cina como canal de ligação entre a Cosa Nostra, na pessoa do [chefe mafioso] Stefano Bontate e o empresário milanês Silvio Berlusconi", refere a sentença, de mais de 600 páginas, divulgada pela agência Ansa. Estes factos terão ocorrido na década de 70.
sábado, 20 de novembro de 2010
O PODER DROGA?
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
A GARGALHADA DO DIA
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
A GARGALHADA DO DIA
CREDIBILIDADE
UMA PÉROLA
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
AS REPÚBLICAS
VIAGEM AO VAZIO
A GRANDE OBRA DO "ENGENHEIRO DA INDEPENDENTE"
NOTÍCIAS DA PIOLHEIRA
NOTÍCIAS DA PIOLHEIRA
Por José António Cerejo
Jovem dirigente do PS ganha o salário de assessor a tempo inteiro ao mesmo tempo que recebe subsídios do IEFP para criar o seu posto de trabalho. Empresa criada está inactiva
terça-feira, 16 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
OS INOCENTES
O MENDIGO 'FASHION' OU A NOVA IMAGEM DA WEST COAST
domingo, 14 de novembro de 2010
O RIGOR ORÇAMENTAL DO "ENGENHEIRO DA INDEPENDENTE"
Desde que anunciou o pacote de medidas de austeridade do PEC III, o Executivo liderado por José Sócrates tem contratado uma média de 45 novos funcionários por semana, para assumirem cargos no Governo e na administração directa e indirecta do Estado.
JÁ SÓ FALTA A GUINÉ-BISSAU
sábado, 13 de novembro de 2010
APÓS 5 ANOS DE PATRIÓTICO SONINHO...
O E$TADO DO E$TADO
LIVROS - AS VÍTIMAS DO COSTUME
«O livro representa, hoje em dia, um espaço de transformação acelerada a que nenhum de nós pode ficar indiferente. Sobre o livro repousa uma herança segura e ergue-se um futuro de novos contornos ainda indefinidos. Certo, porém, é que todos queremos que, através dele, sejam resguardados os valores fundamentais do Humanismo e da Cultura. Por isso os estados desenvolvidos, designadamente os europeus, não abdicam de preservar as instituições que os salvaguardam.
Entre nós, conhecidos por estarmos no fundo das estatísticas no que a estes campos diz respeito, vimos, para felicidade de todos, ao longo das últimas décadas, a situação alterar-se. A implicação activa do Estado Democrático foi determinante nessa mudança da qualificação dos cidadãos. No que diz respeito à leitura, o Instituto Português do Livro foi a cabeça promotora dessa alteração. Além disso, desde que foi criado, em 1980, e através duma história rica em acontecimentos, é inegável que a promoção da Literatura portuguesa e lusófona, tanto em Portugal como no estrangeiro, se deveu muito ao esforço de encontrar e estimular parceiros para a edição e difusão dos nossos autores. A sua eficácia tem sido amplamente reconhecida. Apesar dos magros recursos, o IPL foi até há pouco considerado uma instituição modelar perante as suas congéneres. No entanto, nos últimos tempos, ficou bem claro o desinvestimento a que foi sujeito, designadamente com a passagem de Instituto a Direcção Geral .
Mesmo assim, isso não impediu que essa imagem institucional, para as entidades e personalidades estrangeiras que procuram apoio e conselho para iniciativas ligadas ao livro se mantivesse. Nem a redução drástica de meios foi obstáculo a que a experiência e o empenhamento dos funcionários do Instituto e, depois, da Direcção Geral, sempre tivessem respondido às várias solicitações, a que se deve acrescentar o excelente trabalho da rede de Bibliotecas Públicas nascida da iniciativa do IPL.
É por isso com estupefacção que os abaixo-assinados tomaram conhecimento daquilo que, na prática, é a extinção do único organismo que representava o empenhamento do Estado Português, através do Ministério da Cultura, numa das áreas que melhor tem representado o nosso país na sua transformação democrática: a difusão da sua literatura. Se isto não significa, como é óbvio, o fim da criação literária, nem o fim dos hábitos de leitura, nem o fim do livro, esta fusão vem dar no entanto uma imagem cada vez mais pobre de um mundo político que confunde gestão de meios com o extermínio cego das instituições que funcionam.
A reintegração da gestão dos assuntos do livro e da leitura na Biblioteca Nacional de onde em devido tempo foi autonomizada, significa a desvalorização, secundarização e desprezo por todo um sector que está em mudança, que carece de elos de coordenação, confrontação com as práticas globais, protecção das obras literárias portuguesas e lusófonas, articulação com os agentes nacionais e estrangeiros que as difundem. A dispersão das pessoas que conhecem o assunto, a desintegração dos saberes acumulados, a redução drástica de meios, significarão um retrocesso real e efectivo e nós não nos conformamos com esta perda.
Creia, Senhora Ministra, que o protesto que fazemos é um sinal de indignação, mas também de desalento perante o rumo que está a ser dado a este sector da Cultura no nosso País, e que nenhuma crise económica, que aceitamos ser grave e obrigar a sacrifícios, justifica.»
Pedimos-lhe que reconsidere.
Lisboa, 10 de Novembro, 2010
Ana Luísa Amaral • Almeida Faria • António Lobo Antunes • Gastão Cruz • Gonçalo M. Tavares • Hélder Macedo • Hélia Correia • Inês Pedrosa • Lídia Jorge • Maria Velho da Costa • Mário de Carvalho • Mário Cláudio • Nuno Júdice • Pedro Tamen • Vasco Graça Moura.