Homem-sombra de Sócrates
Dinâmico, trabalhador incansável, com "uma ambição política desmedida" e "um triturador de adversários políticos". Assim é descrito André Figueiredo, de 33 anos, natural de Seia, o homem de confiança do primeiro-ministro que nos últimos tempos aparece em todos os casos quentes que envolvem os socialistas, desde a ‘Face Oculta’ às acusações de tráfico de influências nas eleições do PS-Coimbra.
Por:Luís Oliveira
Um "puro operacional capaz de fazer tudo para não desiludir o líder", adianta um militante da Guarda. E a dedicação é retribuída pelo secretário-geral do PS que, em Julho, ao jornal ‘Porta da Estrela’, de Seia, afirmou: "André Figueiredo é um dos valores políticos de maior futuro da nova geração do PS".
Em Seia, porém, aqueles que o viram crescer não têm sobre André Figueiredo as melhores opiniões. "Não olha a meios para triturar os que lhe fazem frente", afirma um militante.
A vida política de André Figueiredo começou nos bancos da Escola Secundária de Seia, nas lutas estudantis, mas alinhado no PSD. Na altura, era, aliás, um grande admirador do actual Presidente da República. Mas como emergiu Guterres e o seu exército da Beira Interior, Figueiredo mudou-se para o PS. Um trajecto em tudo semelhante ao de Sócrates, uns anos antes.
Começou a relacionar-se com grandes figuras do PS onde se incluía Pina Moura e Almeida Santos (naturais de Seia), Jorge Coelho e António José Seguro. Mas foi António Costa e Marcos Perestrello que lhe deram a mão e o recomendaram a José Sócrates, em 2004. O secretário-geral do PS levou-o para Lisboa e, hoje, Figueiredo é o seu homem de confiança.»
CM