.
Salazar está em nós. Queiramos ou não, mantemos, ainda hoje, resquícios dessa cultura rural, submissa, de reverente obediência, temente a deus e ao diabo, inculcada por uma Igreja continuadamente anacrónica, de que Salazar, com Cerejeira, foi o representante típico. No começo dos anos 20, século passado, o então professor universitário escreveu uma série de artigos no Novidades, diário do Patriarcado, sobre o que deveria ser feito "para salvar Portugal da anarquia".
BAPTISTA-BASTOS
'Diário de Notícias' 13.08.2008