"A sua retórica tem vindo a tornar-se cada vez mais violenta - e graficamente violenta. Foi já várias vezes suspenso no Facebook e Twitter por discurso de ódio; em 2021, queixou-se de o censurarem por ter escrito que Eduardo Cabrita, então ministro da Administração Interna, "devia ser decapitado". Agora, elogia a coragem de um linchamento "em nome da pátria", fazendo equivaler o bispo alegadamente "traidor" e "inimigo" ao primeiro-ministro.
Não admira pois que atraia pessoas que acreditam que a violência é uma prática aceitável. Não admira que transpire que um deputado e membro da direção foi agredido numa reunião; que é comum os membros do partido ameaçarem-se e insultarem-se. Não admira que um candidato autárquico tenha sido preso por disparar contra uma família estrangeira - um crime que foi descrito como tendo motivação xenófoba.
Mas não é só às personagens de aspeto patibular e modos de taberna que pululam no partido que a fórmula atrai; por mais que repugne e por mais que pareça impossível, está provado que funciona, ou não tivesse multiplicado votos e deputados, aqui como noutros países."
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