GUERRA COLONIAL, O CRIME CONTINUADO

Atrasos nas próteses deixam deficientes militares em “prisão domiciliária”Há mutilados da guerra meses à espera de material. Continuam a sentir-se tratados como “carne para canhão”

FRASES DE REVOLTA

“Um deficiente militar à espera de uma prótese está em prisão domiciliária”

Coronel Santa Clara Gomes

Presidente da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA)

“Estou na cama ou vou para a cadeira de rodas. Já caí duas vezes porque o pé esquerdo não se segura”

Augusto Silva Matos

Ex-combatente com as pernas amputadas

“Fui para a Guiné como carne para canhão, e agora estou nesta situação porque os senhores militares me recusam assistência”

Carlos Fanado

Ex-combatente com as duas pernas amputadas

“Somos feridos da guerra, perdemos lá tudo, os pés, as mãos, os braços, os olhos... e o Governo não quer saber de nós. Há pedidos desde 2021 que não estão a ser satisfeitos”

Francisco Janeiro

Presidente da delegação de Lisboa da ADFA

Expresso