quarta-feira, 13 de julho de 2022

O INFERNO À BEIRA MAR PLANTADO

DN
Ora bem, se o panorama pode vir a ser este (Portugal a arder de norte a sul), só faltam os caldeirões de azeite a ferver, onde os pecadores seriam sujeitos a uma primeira fritura, para ser perfeita a descrição que o padre Brandão, com a sua batina e o seu hálito a cheirarem a incenso e a salazarismo, e à sombra das fotografias do Craveiro Lopes e do Manholas de Santa Comba que, penduradas na parede do fundo, por cima de um quadro negro, ladeavam a cruz de Cristo, fazia do Inferno, para manter no caminho da virtude as pobres e inocentes criancinhas que, ao tempo (meados dos anos 50 do século passado), frequentavam a escola primária do meu bairro. 

E se a catástrofe se confirmar, também faz sentido admitir que a liderança do governo central seja entregue ao Diabo, conhecido, reconhecido e experiente perito em matéria de infernos e sua governação, o que viria a confirmar as recentes profecias de um tal Coelho, verdadeiro 'Bandarra de Massamá', segundo as quais a tenebrosa figura se preparava para desembarcar num aeroporto (de Lisboa? do Montijo?, de Alcochete? ou de Beja?- a profecia não foi clara quanto à localização do aeroporto, diga-se) e restaurar o governo de Indignidade Nacional que tão bons serviços prestou ao país.

Resumindo: se não vierem os bombeiros, a Protecção Civil e a nossa Senhora de Fátima em nossa ajuda, estamos fritos!