"A minha geração passou de um tempo em que a cultura e o espírito falavam ainda francês para um ambiente em que a língua francesa é tida por uma esquisitice que ninguém partilha e em que muitos consideram, sem sequer os ler, que nenhum dos escritores franceses do presente merece o nosso tempo e a nossa paciência.
A França fez por isso: o decréscimo da sua presença cultural entre nós, por frias razões financeiras, o tratamento que fez do ensino da língua portuguesa em França, considerada não uma língua de cultura (como o italiano), mas uma língua de migrantes, a que se não podem conceder direitos que se querem recusar ao árabe, uma certa convicção de si que a leva a dar o seu papel no mundo como adquirido para sempre, contribuíram certamente para este declínio."
Luís Castro Mendes (DN)
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