"A invasão da Ucrânia foi justificada com uma falsidade histórica: não se trataria de uma nação soberana, pelo que o erro da sua independência deveria ser corrigido pela absorção na Rússia, herdeira do império czarista. Houve quem apontasse que a guerra anterior, no Iraque, também começou com uma mentira, embora seja evidente que tal comparação em nada atenua o significado da decisão de Putin, mesmo que assinale que as justificações para as guerras buscam mobilizar o mesmo tipo de homenagem do vício à virtude, procurando enganar as opiniões públicas para obterem algum apoio para o genocídio. É da sua natureza, a violência cruel da guerra exige o disfarce da mentira. As mentiras são armas de destruição massiva."
Francisco Louçã
Expresso