terça-feira, 25 de janeiro de 2022

O 'MON AMI MITRÃ'


 




Como é sabido (e está amplamente demonstrado) François Mitterrand foi um dos grandes canalhas do século XX. Homem de Vichy, condecorado e tudo, inteligente, culto, diabólico e manhoso como uma raposa, viria a passar-se para a resistência, quando o desembarque aliado em África prenunciava o fim do nazi-fascismo.
 Anos mais tarde, e com os ascensores da Direita com lotação esgotada e sem lugar para mais um, servir-se-ia da escada do PS e da restante Esquerda para subir até ao palácio do Eliseu, residência oficial do presidente da França.
Aí chegado, preocupou-se com a protecção aos seus amigos de Vichy (o caso mais escandaloso foi o do carniceiro René Bousquet, seu protegido até ao fim) e iniciou a demolição de toda a Esquerda, tarefa que concluiu com êxito até ao fim do seu segundo mandato.
O homem morreu, mas a obra ficou: todas as esquerdas, em França, estão sem expressão e, mesmo, em vias de extinção. Ficou a obra, mas ficaram também os seguidores por essa Europa fora, como os portugueses já compreenderam.