sábado, 26 de junho de 2021

BARRELA À BEIRA-MAR DE UM FASCISTA DAS MARGENS DO DANÚBIO

O cabeçalho da edição desta sexta-feira do Expresso mudou. O do site também. Esta é a justificação

Há momentos em que palavras não bastam. Quando está em causa o ataque sistemático a princípios basilares do Estado de direito e da construção europeia, há atos que são decisivos — ainda que sejam simbólicos. A Hungria optou por mais um atropelo à liberdade e ao respeito pelo outro, desta vez sobre a comunidade LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgénero e intersexuais). O Expresso decidiu associar-se à denúncia desse ataque, alterando nesta edição a cor do seu logótipo. Fazemo-lo porque este jornal nasceu também com o propósito, como refere o nosso estatuto editorial, de divulgar e sustentar causas comuns à cidadania, “como sejam a da defesa das liberdades fundamentais e da democracia, a de um ambiente saudável que não ponha em risco as gerações futuras, a da língua e do património histórico do país, a da paz e da participação plena de Portugal na União Europeia, a do incitamento à participação da sociedade civil na resolução dos problemas da comunidade”.

Nota editorial do Expresso (25.6.2021)

Esta iniciativa do Expresso só merece uma palavra: apoiado!

Contudo, não podemos esquecer que, em Portugal, a maior operação de lavagem e promoção de Vitor Orbán e da sua política contou com a colaboração do Expresso que lhe cedeu um generosíssimo espaço para propaganda. E não foi no século passado, foi há vinte dias, concretamente, no dia 5.6.2021.

Recorde-se:

Viktor Orbán por ele mesmo (em passeio pelo Porto e à conversa com Jaime Nogueira Pinto)

O Presidente da Hungria, figura de proa da direita radical europeia, esteve em Portugal para uma reunião da UE e encontrou-se com o historiador Jaime Nogueira Pinto para uma conversa à beira-mar

Expresso (5.6.2021)