Todos os fascismos, mesmo os mais disfarçados, anunciam um tempo novo e um homem novo, sem cuidar de especificar no caso português. Os jornais e televisões estrangeiros falaram todos em “extrema-direita”, com todas as letras, mas em Portugal, país singular e bem formado onde o fascismo nunca existiu, a direita anunciou que os eleitores de Ventura não eram de extrema-direita. Era tudo gente “zangada com o sistema”.
Clara Ferreira Alves
E/Expresso