domingo, 29 de novembro de 2020

O ABJECTO JALBOTE


 Tavares, o abjecto jalbote a quem o 'Público' empresta o megafone, falou e disse: "Sou Liberal, mas não sou parvo. E por isso estou indisponível para cair nas armadilhas ideológicas que minam o país desde 1974".

Apesar de curta, a frase contém uma imprecisão, uma mentira e revela um sonho clandestino. A saber: quando se afirma liberal, o abjecto Tavares quer dizer 'liberal não praticante', como muito bem notou Pedro Mexia, no 'Governo Sombra'. Quando o skinhead Tavares jura que não é parvo, está a mentir despudoradamente: o Tavares é parvo e é parvo todos os dias, porque só pode ser parvo quem classifica como abjecção um horário de trabalho de 35 horas na função pública e a equipara a um acto abjecto de capação de um homem, desde que decretado por um tribunal. Finalmente, o sonho secreto do aberrante Tavares: uma sociedade sem as 'armadilhas ideologicas que minam o país desde 1974', talvez uma sociedade como a que tínhamos antes de 1974 em que as 'armadilhas ideológicas ' estavam confinadas em Peniche, Caxias ou, lá longe, no Tarrafal, campo de que o 'aliado Ventura' canta os méritos e sente saudades. E o Tavares continua a ser parvo se julga que ninguém percebe que o que ele pretende é um 'fundo de comércio Ventura' que venha substituir o 'fundo de comércio Sócrates' que lhe deu notoriedade, lhe alimentou as prosas durante uma década e que, entretanto, se esgotou.