sexta-feira, 22 de maio de 2020

A FÁBRICA DE CALOTES

BES é o "maior crime de colarinho branco", diz Rui Rio

O presidente do PSD, Rui Rio, desafiou esta quarta-feira o primeiro-ministro a esclarecer se não estão a ser pagos "calotes empolados" no Novo Banco, lamentando que a justiça não tenha ainda atuado no "maior crime de colarinho branco", numa referência ao BES.

No debate quinzenal com António Costa no parlamento, Rui Rio centrou toda a sua intervenção nas injeções de dinheiro público no Novo Banco calculando que, desde 2014, esta instituição já tenha recebido cerca de sete mil milhões de euros de impostos dos portugueses.
"O senhor ministro das Finanças diz que temos de pagar, ponto final. Não concordo, temos de pagar porquê? Temos de pagar se for devido, se não for devido não temos de pagar", defendeu.


O líder do PSD pediu a António Costa que esclarecesse se "tem a certeza" de que não existem créditos do Novo Banco "vendidos ao desbarato", imóveis vendidos "a preço de favor" (e a quem) e pediu que a Assembleia da República tenha acesso à documentação que detalha as imparidades que justificam as injeções do Fundo de Resolução.
"Imparidades em linguagem bonita da Assembleia da República, para o povo entender, são calotes", afirmou Rio.
JN