Por um desses acasos do destino, talvez consequência das minhas leituras erráticas, dei por mim a ler, em paralelo, as biografias de Céline e de Nelson Rodrigues, dois autores de méritos literários reconhecidos quase unanimemente e em cujas obras descobri páginas de inegável qualidade. E ambas as leituras me levaram a uma conclusão: o talento, grande que seja, não salva a alma de um canalha.