sexta-feira, 8 de abril de 2016

ISTO AGORA SÓ À CHAPADA

João Soares pede a demissão do cargo de ministro da Cultura

(Público)

Já estou a imaginá-lo disfarçado de mendigo romeno, ali nas escadinhas da igreja de Nossa Senhora dos Mártires, emboscado, a cocar as portas da Casa Havaneza, da Livraria Sá da Costa, da Brasileira, da Bénard, da Livraria Bertrand, à espera que de uma delas saia o Augusto M. Seabra, de cara a jeito, mesmo a pedir chapadas. Ou, cá em baixo, na rua do Coliseu, casa de tradição palhaceira, disfarçado de empregado de mesa das tascas ali da zona, ementa em punho, a tentar arpoar camones para o bitoque da casa ou o bacalhau à lagareiro, mas sempre de olho na porta do Gambrinus de onde o Vasquinho, a qualquer momento, pode sair, a andar direito ou às curvas, pouco importa. O que importa são as chapadas, as prometidas,  irremediáveis e saudáveis chapadas.
E o que eu daria para ver a cena, ai o que eu daria para ver a cena...