Anda um espectro pela Europa: o espectro do fascismo. Podem chamar-lhe xonofobia, intolerância, securitarismo, austeritarismo, demagogia, o que quiserem. Com maior ou menor rigor ideológico, fascismo parece-me um nome suficientemente brutal e compreensível por todos. E convenhamos que o fascismo não nos bate à porta apenas pelas mãos dos fascistas. Em França, o discurso de Hollande e Valles confunde-se perigosamente com o daqueles que dizem querer combater. O uso de um atentado para uma desesperada e afinal falhada tentativa de conquistar popularidade política diz tudo sobre o desnorte da esquerda europeia.
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No meio da crise, a Europa perdeu a bússola. E anda por ela um espetro: o espetro do fascismo. Ele exibe-se de forma descarada no novo Governo polaco, no já velho Governo húngaro e na Frente Nacional. Mas também na arrogância imperial alemã, na rendição securitária de Hollande, na brutalidade social imposta à Grécia."
Daniel Oliveira
Expresso