quarta-feira, 9 de setembro de 2015

DE OUTROS

FERREIRA FERNANDES

O dia em que os taxistas viraram à esquerda

por FERREIRA FERNANDESHoje
Atão a gente faz piquetes de greve e esses engomadinhos que puxam lustro aos sofás do carro a passar-nos a perna?! O que sei é que no tempo do PREC não havia esta pouca vergonha. Motoristas de gravata!... O camarada passageiro, desculpe-me, mas tenho de mudar a Rádio Amália. Estes gajos nunca passam o Zeca. Por falar nisso, ouviu há pouco o nosso Jerónimo? Aquilo é que foi uma pissada nos Uber e tuk-tuks... Reparou? É só nomes de estrangeirada. Os amaricanos é que trouxeram os tuk-tuks quando fugiram de Saigão, que era como se chamava Banguecoque quando da guerra do Vietname. Há filmes. Eu vi um com os gajos cercados na embaixada e só se safaram de helicóptero até ao porta-aviões. Davam prioridade aos tuk-tuks, na altura não percebi, mas eles já a tinham fisgada, era para Lisboa... E o Uber é também coisa dos américas. O outro dia vi um a sorrir e a dizer "boa tarde" ao passageiro! Onde é que isto vai parar? A malta reage, e se apanha um estranja, claro, faz-lhe uns nós cegos até ao hotel. Mas, atenção, não é por vigarice, é por nacionalismo. Depois ficamos com fama de comunas... Taxista, comuna... Com muita honra. Isto só vai lá com um novo Vasco Gonçalves! Dizem que era isto e aquilo... Talvez um pouco desaparafusado mas, olhe, quando ia de férias à terra - acho que era Santa Comba Dão - ele pagava o táxi do bolso dele. A ANTRAL ainda tem lá os recibos. Oiça o que lhe digo, amigo: estamos a precisar dum Vasco Gonçalves...
DN