Não deixaria de ser uma grande ironia política que viesse a ser o PS, partido de tradição sobretudo republicana, socialista e laica, a constituir-se como um veículo privilegiado de infiltração da Igreja Católica no poder do Estado, ainda democrático, em que actualmente vivemos. E convém salientar que esta senhora não foi, ao contrário daquilo que se quer fazer crer, uma boa ministra da Saúde. Já poucos se lembrarão de que o seu amigo então primeiro-ministro, o «beato» e «blairista» António Guterres, teve de substitui-la por não estar a dar boa conta do recado, e criou, para ela não ficar triste, uma pasta ministerial fantasma, dita da Igualdade, sem qualquer conteúdo nem infraestruturas mínimas, e que não serviu para mais nada senão para proteger o ego da amiga Maria de Belém.
Esta senhora, que pertence ao pouco famoso «grupo de Macau» (com António Vitorino, Jorge Coelho e outros que tais) e que foi consultora da Espírito Santo Saúde (quando era presidente da comissão parlamentar de Saúde), não tem propriamente um «curriculum» que a qualifique como socialista ou genuinamente social-democrata, e ouvir dizer que ela «tem uma experiência política notável» (José Junqueiro) é, no mínimo, de gargalhada. Também não deixa de ser subliminarmente insultuoso ouvir dizer que ela «é uma pessoa que une pessoas honestas à sua volta» (Miguel Oliveira e Silva), como se todos os outros candidatos potencias a Presidente da República só conseguissem unir vigaristas à sua volta.
Note-se que, para além dos óbvios apoios da Igreja Católica (que prudentemente nem precisam de se fazer ouvir), esta pré-candidatura escandalosamente encostada à direita tem muitos apoios da medíocre «tralha segurista» que fez dela, imerecidamente, Presidente do PS. Infelizmente, António Costa não se tem mostrado à altura de mobilizar o partido e fazer esquecer esse equívoco, apesar do actual presidente do PS, Carlos César, esse sim, ser politicamente muito mais competente.
Esta senhora, que pertence ao pouco famoso «grupo de Macau» (com António Vitorino, Jorge Coelho e outros que tais) e que foi consultora da Espírito Santo Saúde (quando era presidente da comissão parlamentar de Saúde), não tem propriamente um «curriculum» que a qualifique como socialista ou genuinamente social-democrata, e ouvir dizer que ela «tem uma experiência política notável» (José Junqueiro) é, no mínimo, de gargalhada. Também não deixa de ser subliminarmente insultuoso ouvir dizer que ela «é uma pessoa que une pessoas honestas à sua volta» (Miguel Oliveira e Silva), como se todos os outros candidatos potencias a Presidente da República só conseguissem unir vigaristas à sua volta.
Note-se que, para além dos óbvios apoios da Igreja Católica (que prudentemente nem precisam de se fazer ouvir), esta pré-candidatura escandalosamente encostada à direita tem muitos apoios da medíocre «tralha segurista» que fez dela, imerecidamente, Presidente do PS. Infelizmente, António Costa não se tem mostrado à altura de mobilizar o partido e fazer esquecer esse equívoco, apesar do actual presidente do PS, Carlos César, esse sim, ser politicamente muito mais competente.
Alfredo BarrosoO PS suicidar-se-ia definitivamente como partido de esquerda se viesse a apoiar a candidatura de Maria de Belém Roseira ao cargo de Presidente da República!