Nunca gostei e continuo a não gostar de fascismos. Não gostei do fascismo manso do hortelão de Santa Comba e do seu sucessor, do fascismo beato e assassino de Franco, do fascismo apalhaçado de Mussolini, do fascismo de bota cardada dos coronéis gregos (e fiquemos por aqui que os PIGS estão todos representados e não convém avivar a memória da nossa chanceler, não vá ela suspender o envio da próxima tranche do 'auxílio').
E também não gosto do fascismo higiénico que afastou os fumadores dos cafés e, agora, volta ao ataque para os afastar das esplanadas e arredores e que, se coerente, um dia os convidará à emigração.
Tudo consequência de um estudo 'científico' elaborado por um grupo de fundamentalistas que só sossegarão quando os fumadores se encontrarem todos de férias prolongadas em Guantánamo.
A coisa é alarmante e pode abrir um precedente grave: imaginem que o governo, respaldado em parecer de um grupo de 'cientistas' conclui que, para prevenir o cancro na próstata, a solução é o rastreio obrigatório e diário com vários toques na dita, de preferência em horário pós-laboral para não afectar a produtividade...!
Admito que tal medida legislativa agrade a uma parte importante dos meus concidadãos mas, pela parte que me toca e com a autoridade de quem já passou pela experiência, deixo desde já o aviso: recorrerei à desobediência civil!
