Esta citação de Raúl Brandão, que deu título a um romance de Augusto Abelaira, poderia servir de epígrafe à atual situação da Europa: perdido o teto do apoio militar americano, resta-nos viver no meio desta gigantesca ruína, que é a cultura humanista ou alta cultura, num mundo de crescente dominação digital e artificial.
A incultura dos novos mestres que governam o mundo, hostis ao humanismo e à ciência, deve servir-nos de aviso. A Idade das Trevas, apoiada na mais elevada tecnologia do domínio das consciências, traz-nos esta aliança de um Musk, capaz de passear no espaço sideral, com um Robert Kennedy, inimigo das vacinas. O futuro parece ser de bruxos medievais a controlar as mais apuradas tecnologias de que a Humanidade foi capaz.
Luís Castro Mendes (DN)
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